Autor: Lusa/AO Online
José Pedro Aguiar-Branco, vice-presidente da actual direcção de Manuela Ferreira Leite que foi eleito líder parlamentar do PSD nesta nova legislatura, é um dos nomes apontados como possíveis candidatos.
O próprio nunca admitiu nem excluiu a possibilidade de avançar, remetendo essa discussão para depois do período de debate do Orçamento do Estado para 2009, para quando o Conselho Nacional do PSD marcou a convocação de eleições directas.
Em declarações à agência Lusa, Aguiar-Branco disse esperar "que o partido não falhe na escolha dessa nova liderança", que consiga ser "um referencial de estabilidade" e "recuperar a confiança dos muitos portugueses que desejam ver no PSD uma alternativa".
Antes das directas, poderá haver um congresso extraordinário do PSD não electivo, que foi primeiro defendido por autarcas sociais-democratas e está a ser promovido pelo ex-presidente do partido Pedro Santana Lopes.
Pedro Santana Lopes estimou entregar na primeira quinzena de Janeiro as 2.500 assinaturas necessárias para a realização desse congresso extraordinário, para que este decorra em Março – mês em que deverá terminar no Parlamento o debate orçamental.
Segundo Santana Lopes, esse congresso deve servir para discutir alterações estatutárias e nele poderiam apresentar-se novos candidatos à liderança.
Pedro Passos Coelho não quis comentar a iniciativa de Santana Lopes, enquanto a presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, a recebeu bem, considerando que um congresso extraordinário antes das directas poderá ser "um belíssimo momento" de "discussão e reflexão".
A seguir à derrota nas eleições legislativas de 2009, que o PS ganhou sem maioria absoluta, Ferreira Leite nunca anunciou publicamente que não se recandidataria à liderança do PSD, mas esse é um cenário dado como afastado.
O mesmo não acontece em relação a Marcelo Rebelo de Sousa, que afirmou em Novembro que não iria candidatar-se à liderança do PSD, mas não impediu, com isso, que haja quem não elimine essa possibilidade e prefira esperar para ver.
No final de Outubro, o eurodeputado Paulo Rangel, outro nome apontado como possível adversário de Pedro Passos Coelho, já se tinha colocado fora da corrida para a liderança do PSD, defendendo que o próximo líder do partido deveria ser Marcelo.
Em declarações à agência Lusa, o deputado social-democrata Miguel Macedo, que foi secretário-geral do PSD durante a liderança de Marques Mendes, defendeu que o seu partido precisa de, escolhido um novo líder, construir um programa.
"Se não conseguirmos, muito dificilmente vamos ter sucesso. E se tivermos sucesso e se o partido estiver como está agora, vamos ter um insucesso logo a seguir", considerou.