Autor: Lusa/AO Online
"Somámos as nossas propostas às propostas dos partidos que nos acompanham na governação [PSD, CDS-PP e PPM], mas também dos partidos com os quais firmámos compromissos parlamentares [Chega e IL], num processo que se desenvolveu de modo aberto, dinâmico e construtivo", sublinhou o deputado social-democrata, em conferência de imprensa, na Horta, afirmando não ter dúvidas de que "é o orçamento mais plural e democrático da história da autonomia".
Para Pedro Nascimento Cabral, as propostas de Plano e Orçamento do executivo de direita, que voltou ao poder na região ao fim 24 anos na oposição, reflete também a opinião maioritária do povo açoriano, que votou numa nova solução governativa.
"Não pode haver orçamento mais construtivo do que aquele que reflete a voz de quem votou conscientemente num projeto alternativo à longa governação do partido socialista", insistiu o líder parlamentar do PSD, no início das jornadas parlamentares que os sociais-democratas estão a efetuar na ilha do Faial até sexta-feira.
Para a bancada do PSD no parlamento açoriano, acrescentou, o atual Plano e Orçamento, cuja discussão e votação vai decorrer na próxima semana, tem como objetivo "combater anos de atraso" no desenvolvimento da região, e acabar com as "dependências que as políticas socialistas" impuseram.
"Pretendemos dignificar a saúde, percorrer novos caminhos na educação, apoiar as famílias, combater a pobreza, afastar a exclusão social, correr com as dependências, acentuar a solidariedade social, estimular o crescimento da economia, revolucionar os transportes marítimos e aéreos, aproximar os açorianos, apostar na agricultura, nas pescas e no turismo, proteger o nosso mar, entre tantos e tantos outros desafios importantes para o desenvolvimento das nossas Ilhas", destacou.
Pedro Nascimento Cabral criticou também os socialistas por ainda não se terem apercebido que estão agora na oposição, dando como exemplo, as declarações "absurdamente descabidas" do líder da bancada socialista e presidente do último governo regional do PS, Vasco Cordeiro, a propósito das propostas de Plano e Orçamento para este ano.
"Vasco Cordeiro parece que ainda não percebeu que o seu tempo político terminou. Ainda não entendeu que a maioria dos açorianos reprovou as políticas, ou melhor, a falta delas, que Vasco Cordeiro fingia que imprimia nas governações da sua exclusiva responsabilidade", lamentou o líder da bancada do PSD.
No seu entender, basta trazer ao debate a "monstruosa" dívida no setor da saúde, a "vergonhosa" lista de espera de cirurgias, ou os "milhares" de açorianos sem médico de família, nos governos socialistas na região, para comprovar os insucessos das políticas do PS.
"Lembrar também que Vasco Cordeiro e o seu governo, foram responsáveis pela falência do combate à pobreza e exclusão social, o que faz que sejamos a região que tem o maior índice de pobreza do país", recordou ainda Pedro Nascimento Cabral, referindo-se também à "má gestão" socialista em relação às contas públicas e ao ‘dossier’ da transportadora aérea SATA, por exemplo.
Para o líder parlamentar social-democrata, Vasco Cordeiro não deixou apenas uma "herança", mas sim um "enorme e enredado passivo" que os açorianos têm agora de pagar e cuja "prescrição, ao contrário do que sucede em outras áreas, aqui não tem lugar".