Autor: Lusa/AO Online
Segundo Francisco César, o Governo Regional liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro “deve, neste momento, tudo, a praticamente toda a gente, desde empresas, instituições desportivas, instituições particulares de solidariedade social (IPSS), inclusive agentes culturais”.
O dirigente, citado numa nota de imprensa, também criticou as justificações do executivo para a falta de pagamento: "A primeira desculpa era o Orçamento [Regional]; a segunda desculpa era o Governo da República, que inclusive agora é da mesma cor do partido, do PSD, e que não resolveu nada, pelos vistos.”
Francisco César acusa ainda o Governo Regional de aumentar a dívida a fornecedores em mais de 100 milhões de euros e a dívida do setor da Saúde em mais de 200 milhões de euros, destacando que “até à SATA [a companhia aérea pública açoriana] a dívida ultrapassa os 30 milhões de euros”.
O responsável pede que o executivo liderado por Bolieiro cumpra com as suas responsabilidades e “pague aquilo que deve”, além de resolver problemas ao nível das acessibilidades, dos combustíveis e da sazonalidade turística.
As declarações do presidente do PS/Açores, divulgadas num comunicado do partido, foram feitas na quinta-feira à margem de uma reunião com o Núcleo Empresarial de São Jorge, na vila de Velas, onde foram levantadas várias preocupações pelos empresários locais.
"O objetivo desta visita era exatamente perceber quais são as preocupações dos empresários - os empresários aqui da ilha de São Jorge e também os empresários dos Açores. E há várias preocupações", afirmou.
Entre as principais questões apontadas, o líder socialista destacou as acessibilidades, que classificou como "um enorme problema", sublinhando a imprevisibilidade e a irregularidade dos serviços, além da inadequação das embarcações para servir a ilha.
Francisco César criticou também a insistência do executivo de coligação em culpar a gestão anterior, liderada pelo seu partido, pelos problemas atuais da região, afirmando que "é preciso parar de falar dos últimos 24 anos".
"Este Governo [Regional] não está em funções há cinco dias, há cinco semanas, há cinco meses. Está em funções há quase cinco anos. E, portanto, aquilo que se exige é menos desculpas, menos conversas, e que efetivamente faça o seu trabalho”, concluiu.
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