Autor: Maria Andrade/Ana Carvalho Melo
Em entrevista ao jornal Açoriano Oriental, o presidente
do Conselho da Administração da Pronicol, Mancebo Soares, explica que,
de momento, estão a “realizar trabalhos de recuperação da parte que foi
incendiada. Há que recuperar os materiais que são recuperáveis e
substituir aqueles que estão perdidos e é nesse processo que estamos”.
Os prejuízos estão contabilizados em milhões de euros “desde logo porque grande parte dos investimentos são em aço inoxidável. Além de mais uma torre de secagem é uma estrutura relativamente complexa. Claro que ela não ardeu toda, só ardeu parcialmente. De qualquer modo os danos materiais são grandes”, disse.
Mancebo Soares afirma que, se forem considerados também os lucros cessantes decorrentes da inoperacionalidade daquela parte da fábrica, obviamente aumenta bastante o valor total, embora não existam ainda valores aproximados.
O incêndio, que afetou a única fábrica de laticínios da ilha Terceira, levou ao redireccionamento do leite que ia para secagem para produções alternativas, nomeadamente o queijo e leite UHT.
“Isto só foi possível porque estamos ligados à Lactogal que, como grande empresa que é, tinha uma série de contratos e de marcas e conseguiu, com o acordo dos clientes, transferir para a Pronicol produções que eram feitas em outras fábricas do grupo. Isso foi fundamental para que os produtores continuassem a entregar todo o leite que produziram e até agora temos dado resposta cabal a todas essas necessidades”, referiu o presidente do Conselho de Administração.
No dia do acidente, não existiam
produções em curso. A câmara de secagem “estava vazia” e apenas havia
leite “nos silos para serem trabalhados depois mais tarde”.
O incêndio provocado por uma fuga de óleo numa válvula deixou parte da estrutura da fábrica inoperacional até, de acordo com as previsões, final de junho, altura em que, de acordo com Mancebo Soares, os trabalhos devem ser repostos na zona de secagem.