Açoriano Oriental
Parlamento dos Açores homenageia Alberto Madruga da Costa
O parlamento dos Açores homenageou o percurso profissional e as qualidades pessoais do ex-presidente do Governo Regional Alberto Madruga da Costa, que morreu a 14 de novembro, num voto de pesar aprovado por unanimidade.
 Parlamento dos Açores homenageia Alberto Madruga da Costa

Autor: Lusa/AO online

 

Os deputados do parlamento regional respeitaram ainda um minuto de silêncio em memória do "primeiro e até agora único cidadão" que desempenhou "as mais altas funções nos dois órgãos de governo próprio" dos Açores, já que além de presidente do executivo regional presidiu à Assembleia Legislativa da região autónoma.

No texto do voto de pesar, que foi lido no plenário açoriano pela presidente da Assembleia Legislativa, Ana Luís, os deputados dos Açores lembraram o "percurso ímpar" de Madruga da Costa ao longo dos 40 anos que dedicou "à causa pública", mas sublinharam que o social-democrata foi "muito mais" do que um deputado, líder parlamentar, presidente do parlamento, secretário regional e presidente do Governo dos Açores.

Madruga da Costa distinguiu-se, sobretudo, pela sua "integridade", "humanismo", "bonomia plena de humildade e bom senso", revelando "espírito de missão", "capacidade de diálogo" e "eficácia" profissional, lê-se no voto de pesar.

Com o seu percurso, deu também "um valioso contributo para o processo autonómico", que é "um exemplo", dizem ainda dos deputados dos Açores.

Com a sua morte, a "região enlutou-se”, um "sinal inequívoco" de que a sua ação ficará, refere o voto de pesar, que foi aprovado pelo plenário dos Açores antes do início do debate do Plano e Orçamento da região para 2015.

Alberto Romão Madruga da Costa, que foi presidente do Governo Regional entre 1995 e 1996, sucedendo a João Mota Amaral, morreu a 14 de novembro, aos 74 anos, no hospital de Ponta Delgada, ilha de São Miguel.

Nascido na Horta, ilha do Faial, Madruga da Costa estudou nessa cidade e em Ponta Delgada, seguindo depois para as universidades de Lisboa e de Coimbra, onde fez o 4.º ano de Filologia Germânica.

Bancário de profissão, no antigo Banco Português do Atlântico, foi na vida política que se destacou, tendo sido eleito deputado regional, pelo círculo do Faial, durante seis legislaturas consecutivas (24 anos), entre 1976 e 2000.

Entre 1978 e 1995, foi eleito, por três ocasiões diferentes, presidente da Assembleia Legislativa dos Açores, além de ter assumido também o cargo de vice-presidente do parlamento e líder da bancada do PSD.

Foi secretário regional dos Transportes e Turismo no primeiro e no segundo governo regional e assumiu a presidência do executivo em 1995, em substituição de Mota Amaral.

Em junho de 1995, Madruga da Costa foi agraciado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito e, em maio de 2006, a Assembleia Regional atribuiu-lhe a Insígnia Autonómica de Valor.

Militante do PSD/Açores, desempenhou também vários cargos no interior do partido, tendo sido presidente da Comissão Política do Faial, vice-presidente da Comissão Política Regional e presidente da Mesa do Congresso em diversas ocasiões.

Já depois de se afastar da vida política ativa, Madruga da Costa teve uma breve incursão na comunicação social, como diretor, durante cerca de um ano, do jornal "Correio da Horta", que pertencia à Diocese dos Açores e que foi entretanto extinto.

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