Autor: Nuno Martins Neves
Uma onda de assaltos tem deixado a freguesia da Lomba da Maia, no concelho da Ribeira Grande, em autêntico sobressalto. Automóveis, moradias e estabelecimentos comerciais não escapam aos assaltos, levando a que a paciência dos moradores esteja a atingir o seu limite.
O alerta é dado pelo presidente da junta, Alberto Pacheco da Ponte, que confirmou ao Açoriano Oriental os vários incidentes que têm acontecido na Lomba da Maia, já desde o ano passado, “e quase todos os dias”.
Cafés, bombas de combustível, “tudo o que é estabelecimento comercial na Lomba da Maia já foi assaltado”, diz o autarca.
Também várias moradias têm sido alvo de roubos: “As pessoas idosas estão a ficar assustadas. Um dia destes, roubaram a moradia de uma senhora idosa, que desde que se mudou para a casa, há 35 anos, nunca fechava a porta traseira e foi por aí que entraram. As pessoas têm dormido com as luzes acesas”.
Segundo depoimentos recolhidos pelo Açoriano
Oriental, o número de assaltos já ronda a meia centena. Mas poderão ser
mais, razão pela qual o presidente da junta de freguesia insta a
população a apresentar queixa junto das autoridades policiais,
colaborando com os moradores que não possuem forma de se deslocar até à
esquadra mais próxima.
“Incentivamos as pessoas a fazer queixas. As
que não têm viatura, nós transportamos na carrinha da junta até à
esquadra da Maia, a mais próxima”.
Alberto Pacheco da Ponte diz que os assaltos devem-se ao problema de toxicodependência, que se está a agravar na freguesia, e que ocorrem, regra geral, de madrugada. “Enão é só na Lomba da Maia: nas freguesias vizinhas também há relatos de roubos do mesmo género”, acrescenta.
O autarca diz já ter tomado diversas iniciativas para conseguir combate o problema, mas assume que está a ser difícil controlar a situação. “Já fizemos queixas à PSP, que tem feito rondas na freguesia, quase todos os dias, em horas diferentes”.
Para Alberto Pacheco da Ponte, é essencial que se trave a onda de assaltos, até porque a população está a atingir o seu limite, avisa, com o sentimento de insegurança a grassar pela comunidade.
“O
meu maior medo é que haja justiça pelas próprias mãos. Tenho tentado
acalmar as pessoas, que estão a pensar em organizar-se para fazer
esperas aos assaltantes”.