Autor: Lusa
Numa publicação na rede social 'X', antigo Twitter, o chefe do executivo português considerou que "o programa nuclear do Irão é uma séria ameaça à segurança mundial, pelo que não pode prosseguir".
"Muito preocupado com o risco de grave escalada no Médio Oriente, apelo à máxima contenção de todas as partes e ao regresso às negociações com vista a encontrar uma solução diplomática", lê-se na publicação, feita em português e inglês.
Os Estados Unidos entraram no sábado na guerra de Israel contra o Irão, bombardeando as três principais instalações envolvidas no programa nuclear iraniano, enquanto o Presidente Donald Trump ameaçou o regime de Teerão com mais ataques se "a paz não chegar rapidamente".
Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, através da rede social X, informa que, “depois de madrugada de intensas consultas diplomáticas”, o ministro Paulo Rangel partirá hoje para Bruxelas para participar numa reunião de ministros dos países da União Europeia do Mediterrâneo.
Na segunda-feira, Paulo Rangel estará na reunião com os líderes dos Negócios Estrangeiros de toda a União Europeia.
“Uma agenda em prol da máxima contenção e do retorno às negociações no Médio Oriente”, escreve ainda o MNE português na rede social X.
Segundo o Pentágono, bombardeamentos estratégicos visaram a fortaleza subterrânea de Fordó, a principal fábrica de enriquecimento de urânio do Irão, num ataque que foi complementado pelo lançamento de até 30 mísseis Tomahawk a partir de submarinos contra duas outras instalações, Natanz e Isfahan.
A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) declarou que, até ao momento, “não foi registado qualquer aumento dos níveis de radiação” no exterior das três instalações nucleares atacadas.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano afirmou hoje que os Estados Unidos lançaram uma “guerra perigosa” contra o Irão, na sequência dos ataques norte-americanos contra três instalações nucleares iranianas.
Israel e o Irão têm trocado ataques diários com mísseis e drones desde a madrugada de sexta-feira, 13 de junho, quando Israel começou a bombardear o país persa.