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IL defende promoção do destino Açores e privatização dos transportes

O turismo nos Açores deve ser estimulado com a promoção e manutenção da notoriedade do destino e as acessibilidades devem ser garantidas por privados, ainda que com obrigações de serviço público, defendeu a Iniciativa Liberal.

IL defende promoção do destino Açores e privatização dos transportes

Autor: Lusa/AO Online

Em declarações à Lusa, durante uma visita ao empreendimento turístico Furnas Lake Villas, o líder regional da Iniciativa Liberal, Nuno Barata, defendeu que, “no caso do turismo, o que é preciso fazer é o Estado cumprir o seu papel de promoção do destino e manutenção da notoriedade do destino, o resto fica por conta dos empresários”.

Em relação ao transporte marítimo, Nuno Barata insistiu na privatização da Atlânticoline, mas ressalvou que se deve “manter o transporte [marítimo] de passageiros apenas nas ilhas do triângulo (Faial, Pico e São Jorge) e abandonar o resto”.

Questionado pela Lusa sobre as ligações no grupo ocidental, admitiu, para essas ilhas “uma solução, uma concessão intermédia entre o compromisso público e o compromisso privado”, mas prosseguiu lembrando que “sempre houve ligações entre o Corvo e as Flores e há ainda ligações privadas, e, se não há melhores ligações privadas, foi porque a região entendeu meter-se ao barulho”.

Ao acabar com grande parte das rotas de transporte marítimo nos Açores, a ideia é “pegar nesses potenciais clientes e pô-los ao serviço da companhia aérea regional”, que diz ser “um instrumento fundamental de coesão social, coesão económica e, inclusivamente de construção de unidade política”, concretizou o candidato pelos círculos de São Miguel e de compensação.

Já no que toca à SATA, o programa do partido é omisso, afirmando, sem nunca mencionar o nome da companhia aérea regional, que é preciso “acabar com monopólios protecionistas” e “evitar a dependência de uma única empresa na prestação de serviços”, estimulando “a concorrência privada”.

Nuno Barata esclareceu hoje que a Iniciativa Liberal “não é a favor de se acabar com a SATA, o que defende é que ela deve ser gerida segundo moldes da iniciativa privada, como uma empresa e não como um instrumento de captação de votos ou de resolver problemas de emprego localizados”.

Assim, defende a privatização da SATA, depois de uma reestruturação, que deve ser feita na esfera pública, com a “liberalização das rotas que são liberalizáveis, que são rentáveis, e serviço público concessionado a privados nas rotas que não são apetecíveis à liberalização”.

Questionado sobre porque é que o programa do partido refere, especificamente, a privatização da Atlânticoline e da RTP Açores, mas é omisso em relação à SATA, o líder regional afirmou que isso acontece porque “qualquer uma das outras podem ser privatizadas a qualquer momento”, mas na “SATA já houve duas tentativas e os concursos ficaram desertos”.

Isso aconteceu, considera, “porque foram feitos cadernos de encargos precisamente para não a vender” e “porque ninguém quer assumir, por exemplo, que a Azores Airlines não tem condições de manter a sua atividade, mesmo que o acionista não interfira na sua gestão”.

As legislativas dos Açores decorrem em 25 de outubro, com 13 forças políticas candidatas aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP. Estão inscritos para votar 228.999 eleitores.

No arquipélago, onde o PS governa há 24 anos, existe um círculo por cada uma das nove ilhas e um círculo de compensação, que reúne os votos não aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.


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