Autor: Lusa/AO online
Carlos Fiolhais explicou que o Nobel da Física de 2012 distinguiu o francês Serge Haroche e o norte-americano David Wineland pelos seus trabalhos experimentais de alta precisão de controlo e manipulação de sistemas atómicos.
"Os dois têm estudado a relação entre matéria e luz. O francês fez uma caixa de luz para onde lança matéria e o americano uma caixa de matéria. Isto é, usam caixa de átomos (chamada "ratoeira" atómica), para onde lançam luz laser", acrescentou.
Com essas caixas podem fazer-se, em cima de uma mesa, "experiências que ontem julgávamos impossíveis e que, sem exceção, têm confirmado a teoria quântica, hoje uma velhinha com mais de cem anos".
Carlos Fiolhais, físico e professor da Universidade de Coimbra, realça que as aplicações da teoria quântica, que incluem nomeadamente os raios X, os transístores e os lasers, "estão longe de estar esgotadas".
Destaca que resultados das investigações dos galardoados permitiram já construir "o relógio com maior precisão do mundo, um relógio atómico muito mais exato do que os relógios atómicos correntes que viajam a bordo de satélites" e que dão a sinalização por GPS.
"Se um relógio desse tipo tivesse estado a funcionar desde o início do mundo, há 14.000 milhões de anos, o seu desvio não seria de mais de cinco segundos", observa.
Segundo Carlos Fiolhais, "um dos sonhos da investigação" nesse domínio é a construção de computadores quânticos, muito mais rápidos do que os atuais.
"A ideia desses computadores é fazer contas não com bits, que são zeros e uns, mas sim com quaisquer valores intermédios", explica, concluindo que o "futuro vai ser decerto diferente graças a estas inovações hoje premiadas".
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