Autor: Lusa/AO Online
Os 2.252.798 de declarações do IRS já entregues desde que arrancou a campanha deste ano (para os rendimentos auferidos em 2019), a 1 de abril, revelam uma quebra de 71.170 declarações face ao valor acumulado no período homólogo do ano passado, de acordo com dados oficiais.
Os mesmos dados oficiais, facultados à Lusa, indicam que do total entregue, 40% correspondem a declarações automáticas e as restantes às que implicam o preenchimento do Modelo 3 – que abrangem, por exemplo, todas as pessoas que em 2019 tiveram outros rendimentos que não apenas de trabalho dependente e/ou pensões.
A média diária de entregas ascende, assim, a 78.309, volume que contrasta com mais de meio milhão de declarações entregues até ao final do dia 1 de abril e as mais de 270 mil que tinham sido entregues até ao final da manhã daquele dia.
O Ministério das Finanças anunciou na terça-feira que a campanha do IRS entrou na fase de processamento dos reembolsos aos contribuintes, prevendo-se que até ao final desta semana sejam devolvidos cerca de 100 milhões de euros de impostos a cerca de 100 agregados.
Ao contrário do que tem sucedido nos últimos anos, desta vez o Governo optou por não se comprometer com um prazo médio para a devolução do imposto aos contribuintes.
Dados oficiais relativos à campanha de 2019 indicam que o prazo médio de reembolso (contado deste a data da entrega da declaração até à data em que o valor é depositado na conta bancária do contribuinte) foi de 16 dias, menos um que no ano anterior.
Aquele prazo médio resulta dos 11 dias registados no reembolso do IRS Automático e dos 18 dias para as declarações normais.
Em
2019, o valor dos reembolsos de IRS ascendeu a 3.003,1 milhões de
euros, segundo indica a síntese de execução orçamental da Direção-Geral
do Orçamento. Em 2018, o valor devolvido aos contribuintes tinha sido de
2.626,4 milhões de euros.