Autor: Rui Jorge Cabral/Paulo Simões
O Eco Festival Azores Burning Summer vai regressar este ano em pleno à freguesia do Porto Formoso, nomeadamente à Praia e ao Parque dos Moinhos, que sofreu alguns melhoramentos, entre os dias 24 e 27 de agosto.
Tito Paris, The Black Mamba e Throes & The Shine vão ser os cabeças de cartaz dos concertos com entradas pagas de um evento que é hoje muito mais do que um festival de música, englobando uma vasta programação gratuita e virada para sustentabilidade, bem como para a comunidade e que tem nos turistas uma faixa de cerca de 30% do seu público.
O Eco Festival Azores Burning Summer é organizado pela Associação Regional para a Promoção e Desenvolvimento do Turismo, Ambiente, Cultura e Saúde dos Açores (ARTAC), sendo o primeiro eco festival da Região, que já foi inclusivamente distinguido a nível nacional como o festival mais sustentável de Portugal, depois de já ter sido distinguido nos Açores pelo seu contributo para a economia circular.
Este ano, o festival tem nos eventos junto da comunidade a sua principal novidade.
A primeira das novidades é o Programa Comunitário de Saúde - VIVE, que aposta num novo conceito comunitário de saúde ativa e participada, com o objetivo de incentivar a consciencialização do indivíduo como agente ativo e responsável pela sua própria saúde, com uma programação variada que decorrerá no Centro Cultural do Porto Formoso, durante os meses de julho e agosto.
A segunda novidade é o Programa HABITAT, que tem como
grande objetivo fortalecer o sentimento de pertença e o gosto pelo
lugar onde se vive, através da valorização e preservação da história,
das vivências e tradições, bem como do património cultural e natural.
Este programa tem o seu foco na freguesia do Porto Formoso e decorre
também com várias atividades durante os meses de julho e agosto.
Os programas VIVE e HABITAT são promovidos pela ARTAC em parceria com a Junta de Freguesia e a Paróquia do Porto Formoso.
Em
entrevista à Rádio Açores/TSF, Filipe Tavares, fundador e diretor do
Eco Festival Azores Burning Summer, recorda os primeiros tempos do
festival, que começou por ser um evento centrado na música, afirmando
que foi a própria constatação do impacto que um festival gera em termos
de resíduos que o fez mudar o foco do Burning Summer.
Recorda Filipe
Tavares que foi a partir daí que começou a fazer algo para que “o
festival seja um exemplo e uma espécie de ‘farol’ na implementação de
medidas ambientais, estendendo a mensagem a outras questões do ponto de
vista da sustentabilidade nos Açores”.
Para o festival deste ano, Filipe Tavares salienta a continuação das Eco Talks, debates que envolvem os cidadãos, ativistas, dirigentes associativos e políticos, em torno de questões da sustentabilidade, para além de uma exposição de veículos elétricos e do ‘Burning Market’, uma feira de ecodesign e produtos naturais localizada na praia dos Moinhos, com acesso gratuito.
Há também eventos de ‘Land Art’ e um ciclo de cinema ao ar livre que remete para as questões ambientais e sociais. Destaque ainda para os concertos com artistas locais que irão decorrer gratuitamente na Praia dos Moinhos, em parceria com o Moinho Terrace Café, procurando celebrar e reviver as memórias dos convívios de várias gerações na Praia dos Moinhos.