Açoriano Oriental
Estratégia Nacional de Ciberdefesa deve ser aprovada "em breve"

A ministra da Defesa, Helena Carreiras, disse que a Estratégia Nacional de Ciberdefesa deverá ser aprovada "em breve" e que "todos os aliados reconhecem" a Portugal "uma "exemplar capacidade de resposta" nesta área.

Estratégia Nacional de Ciberdefesa deve ser aprovada "em breve"

Autor: Lusa/AO Online

“(...) problemas todos os aliados enfrentam. Isso não define a nossa fiabilidade. O que a define é a nossa resiliência e capacidade de implementar soluções para esses problemas e, nesse ponto, asseguro-vos que todos os Aliados reconhecem a Portugal uma exemplar capacidade de resposta”, defendeu Helena Carreiras.

A governante está a ser ouvida numa audição regimental da Comissão de Defesa, na Assembleia da República, à qual se seguirá uma audição à porta fechada sobre os recentes ciberataques ao Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), que levaram à exfiltração de documentos classificados da NATO, requerida potestivamente pelo PSD.

Antecipando um pouco esse tema, Helena Carreiras fez referência aos esforços feitos ao nível da ciberdefesa, salientando que “ao nível da capacidade tecnológica, os investimentos no quadro da LPM [Lei de Programação Militar] têm permitido alcançar melhorias e planeamos reforçar essa linha de investimento em atualização permanente”.

“Esperamos que possa ser aprovada em breve, em Conselho de Ministros, a Estratégia Nacional de Ciberdefesa”, adiantou.

A governante salientou ainda que “a segurança cibernética de qualquer organização e a sua capacidade de atuação dependem em primeira linha dos seus recursos humanos”.

“Considero da maior importância continuar a aprofundar o trabalho em curso no âmbito do Comité de Monitorização da Ciberdefesa e a dinamizar os instrumentos formativos essenciais à qualificação dos nossos recursos humanos”, detalhou.

Helena Carreiras acrescentou que o ministério vai continuar a desenvolver “parcerias nacionais e internacionais, incluindo no âmbito da Política Europeia de Defesa”, reforçando o papel de Portugal “como aliado credível”.

Nesta intervenção inicial a ministra adiantou que conta entregar “em breve” à Assembleia da República a proposta de lei de revisão da Lei de Programação Militar (LPM) e que o projeto para a criação de um quadro permanente de Praças no Exército e na Força Aérea “já está em processo legislativo”.

Ao nível das promoções nas Forças Armadas, a governante salientou “o trabalho em curso para que o decreto-lei das admissões possa, já no próximo ano, ser aprovado no início do ano civil e não no último trimestre, como tem acontecido até aqui”.

Quanto ao contributo das Forças Armadas em operações de apoio civil, nomeadamente no apoio ao combate aos incêndios rurais, Helena Carreiras destacou as “quase três mil missões, com o empenhamento de mais de 10 mil militares e cerca de três mil viaturas”.


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