Açoriano Oriental
Trabalho
Crise agravou desigualdades
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) considera que a crise económica veio causar um retrocesso no combate às desigualdades, tanto a nível de emprego como a nível salarial, ou até de condições de trabalho.
Crise agravou desigualdades

Autor: Lusa/AO online
De acordo com um relatório da OIT que vai ser hoje apresentado em Lisboa, as perspectivas do mercado de trabalho para os jovens e para as mulheres pioraram em consequência da actual crise, dado que têm sido eles os mais afectados pelo aumento do desemprego e pela discriminação salarial.

O impacto da discriminação salarial na pobreza é também salientado no documento da OIT, que refere estudos que mostram que sempre que é eliminada a discriminação laboral com base no sexo, a percentagem de pessoas em situação de pobreza tende a diminuir cerca de 10 por cento.

“Um estudo da União Europeia mostra que, apesar das taxas de emprego muito baixas das mulheres que vivem em agregados familiares de baixos rendimentos, a eliminação da discriminação salarial das mulheres trabalhadoras reduziria substancialmente a pobreza na maior parte dos países da União Europeia”, diz o relatório.

Para a OIT “há uma ligação essencial entre erradicação da pobreza, emprego e igualdade” e a crise veio aumentar a vulnerabilidade de muitos trabalhadores e trabalhadoras, nomeadamente porque muitas das medidas de estímulo para a recuperação económica foram concentradas em sectores predominantemente masculinos.

“Embora as medidas de estímulo tenham tido o mérito de evitar uma crise mais profunda e de ajudar a dinamizar a economia, a prioridade dada à resposta aos efeitos financeiros da crise fez com que os recursos nacionais nem sempre fossem distribuídos com relativa igualdade por todos os sectores do mercado de trabalho”, refere o relatório.

Os grupos mais vulneráveis (jovens, mulheres e minorias étnicas) foram excluídos indiretamente deste tipo de medidas.
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