“Pyongyang deve sentar-se à mesa das negociações imediatamente”, disse o ministro encarregado das relações com o Norte, numa conferência de imprensa em Seul.
Para Ryoo, a suspensão das atividades no complexo industrial, único projeto conjunto das duas Coreias, não ajuda o povo coreano e está a causar importantes prejuízos, tanto às empresas do Sul como aos trabalhadores do Norte.
Horas antes destas declarações, a agência estatal da Coreia do Norte, a KCNA, publicou um texto que responsabiliza o Sul pelo encerramento do complexo, situado em território norte-coreano, e ameaça fechá-lo definitivamente.
Na terça-feira passada, a Coreia do Norte retirou unilateralmente os seus trabalhadores de Kaesong. Situado a poucos quilómetros da zona desmilitarizada que separa as duas Coreias, o complexo alberga 123 empresas sul-coreanas que empregam cerca de 54.000 norte-coreanos.
As duas Coreias vivem um dos momentos de maior tensão das últimas décadas, com constantes ameaças e hostilidades do regime de Kim Jong-Un à Coreia do Sul e aos Estados Unidos há mais de um mês, depois de a ONU anunciar novas sanções contra Pyongyang pelo ensaio nuclear realizado em fevereiro.
Apesar da tensão, o Ministério da Unificação da Coreia do Sul voltou hoje a assegurar que continua a fornecer ajuda humanitária ao vizinho do Norte, “independentemente da situação política”.
Em comunicado, uma porta-voz do ministério repetiu a postura manifestada na semana passada pelo ministro Ryoo Kihl-jae, indicando que Seul avaliará “caso a caso” a ajuda enviada por organizações públicas e privadas para garantir que ela se destina exclusivamente a satisfazer as necessidades dos mais fracos.
