O cargo de presidente da comissão executiva – criado por proposta do líder Paulo Portas e aprovado no último Congresso na eventualidade do CDS ir para o Governo – será discutido mas não está garantido que venha a ser preenchido, uma vez que é uma possibilidade e não um imperativo estatutário.
“Os estatutos preveem a possibilidade e não a obrigatoriedade. A oportunidade ou não de existência do cargo é uma das matérias que se discutirá”, explicou João Almeida, porta-voz do partido, em declarações à Lusa.
Na proposta de Paulo Portas, apresentada no último Congresso do CDS em março, o presidente da comissão executiva assumiria as funções partidárias, enquanto o líder do partido dedicar-se-ia em exclusivo a funções governativas.
Na altura, Paulo Portas justificou a proposta afirmando que, caso o CDS integrasse o Governo, seria preciso “proteger a identidade e autonomia do CDS” e saudou a sua aprovação por larga maioria salientando ser “um princípio que contraria o clientelismo ao separar o que é partido do que é Estado”.
Hoje à noite, os conselheiros nacionais irão também debater os resultados das últimas legislativas, onde o CDS obteve 11,7 por cento e 24 deputados que lhe permitiram formar uma maioria governamental com o PSD, e as contas do partido do ano passado.
