Covid-19

CGTP/Açores quer garantias de que não haverá despedimentos por causa da pandemia

O coordenador da CGTP-in nos Açores, João Decq Mota, exigiu garantias do Governo Regional de que não existirão despedimentos por causa da Covid-19, na sequência do recolhimento obrigatório decretado pelo executivo na ilha de São Miguel.



"Os trabalhadores precisam de garantias governativas de que, de facto, não vão existir despedimentos, de que se mantêm os postos de trabalho", declarou o dirigente sindical, em conferência de imprensa, realizada na cidade da Horta.

O sindicalista defendeu ainda que "deve ser acautelado que todas as empresas apoiadas pelo Governo e pelo Estado, não possam baixar as condições laborais, nomeadamente, recorrendo a vínculos precários".

Na opinião de João Decq Mota, a pandemia da Covid-19 veio mostrar, mais uma vez, o quão urgente é "inverter o rumo de desvalorização do trabalho e dos trabalhadores" e que é necessário "romper" com o modelo de baixos salários, de trabalho precário e de "ataque" aos direitos dos trabalhadores.

"A CGTP-in defende e irá lutar pela garantia de que os trabalhadores não serão alvo de perdas de rendimento, de que serão disponibilizados equipamentos de proteção individuais a todos os trabalhadores e ainda pela defesa do emprego de todos os trabalhadores, independente do seu vínculo", garantiu o coordenador sindical.

De acordo com os dados recolhidos pela CGTP-in Açores, desde o início da pandemia, mais de 10.575 trabalhadores foram para 'lay-off' e mais de 900 estiveram em apoio à família, devido ao encerramento dos estabelecimentos de ensino.

"Em relação a este novo confinamento, estamos longe de saber os números, mas sabemos que é necessário agir já e responder a esta emergência social", alertou João Decq Mota, apelando às autoridades regionais para que adotem "medidas sérias e urgentes", para com "todos os açorianos" que tenham de encerrar os seus negócios devido a estes confinamento.

A CGTP-in anunciou também que vai participar na ação de luta nacional, com o lema "salários, emprego, direitos, confiança, determinação e luta por um Portugal com futuro", marcada para 25 de fevereiro.


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