Açoriano Oriental
CDS/Açores denuncia falta de especialistas nos hospitais da região

O grupo parlamentar do CDS/Açores acusou esta sexta feira o Governo Regional de “falta de rumo e planeamento” no Serviço de Saúde, apontando a falta de especialistas em algumas ilhas, o que, segundo o partido, explica “as penosas listas de espera”.

CDS/Açores denuncia falta de especialistas nos hospitais da região

Autor: Lusa/Ao online

Em nota de imprensa enviada pelo partido, o líder da estrutura regional do CDS, Artur Lima, afirma que os números remetidos pelo executivo socialista à Assembleia Legislativa Regional, em resposta ao requerimento da bancada centrista, que mostram quantos médicos de cada especialidade existem nos hospitais da região, são uma “explicação cabal para as penosas listas de espera que atingem milhares de açorianos”.

Para o líder parlamentar do CDS/Açores, é inaceitável “que não haja um dermatologista no hospital de São Miguel e que apenas haja um no hospital da Terceira e um no hospital do Faial, sendo que não há nenhum médico em formação nesta especialidade absolutamente essencial” e “que não haja especialistas em hematologia nos hospitais da Terceira e do Faial e nenhum em formação”.

Considerou “preocupante que na especialidade de infectocontagiosas haja apenas um especialista nos hospitais da Região e nenhum em formação” e que “na reumatologia apenas existam três especialistas no hospital de São Miguel e um no hospital da Terceira, e nenhum em formação”, apontando também falhas na oncologia, cirurgia maxilo-facial e urologia.

O deputado sublinhou ainda que “a maior parte destes especialistas têm perto de 60 anos e que para formar um especialista nas áreas demora cerca de dez anos”.

Ao grupo parlamentar do CDS, “que sempre defendeu a extinção da Saudaçor”, preocupa a nomeação de ex-presidentes do Conselho de Administração da empresa pública, que foi, entretanto, extinta, para presidir à Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel e o Hospital de Santo Espírito, na ilha Terceira.

Para os centristas, estas nomeações mostram que "a incompetência é premiada pelo Governo Regional", uma vez que a Saudaçor falhou "nos seus objetivos financeiros, falhou no controlo da gestão dos recursos humanos, de forma negligente e incompetente, e com grave prejuízo para a saúde de todos açorianos”.

Artur Lima lamentou “a falta crónica de planeamento dos sucessivos secretários de Saúde”, considerando que “esta política do Governo Regional revela falta de respeito pelos doentes açorianos”.


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