Açoriano Oriental
Migrações
Carlos César quer comunidades integradas para defesa da "herança cultural" dos Açores
O presidente do Governo Regional dos Açores considerou que a defesa da “herança cultural açoriana” no exterior “tem mais valor e aceitação" quando exercida por comunidades "conscientes dos seus deveres cívicos nos países de acolhimento e adopção”.
Carlos César quer comunidades integradas para defesa da "herança cultural" dos Açores

Autor: Lusa/AO online
Carlos César, que falava na abertura da 16.ª Conferência Internacional Metropólis, insistiu, por isso, na ideia de que “ser-se bom açoriano não é ser-se menos americano, menos canadiano ou menos brasileiro nos EUA, no Canadá ou no Brasil”.

Para o presidente do executivo regional, as comunidades açorianas no exterior e os imigrantes recebidos no arquipélago constituem “um capital imprescindível na definição e afirmação dos Açores”, defendendo que as áreas de emigração são “extensões da condição contemporânea” do arquipélago.

Na sua intervenção, realçou igualmente o facto de, nos últimos anos, os Açores terem deixado de ser uma região de emigração para se tornarem num espaço de acolhimento de estrangeiros, uma circunstância que associou aos progressos económicos registados e do seu estatuto.

“Os Açores agora são um espaço de afirmação e da periferia da Europa, de projecção estratégica para as duas margens do Atlântico e têm feito um percurso, particularmente nos últimos anos, de convergência para os indicadores económicos e sociais médios da União Europeia que integra”, afirmou.

Carlos César garantiu ainda a permanência de “fortes laços comunicacionais e culturais” das comunidades de emigrantes com a Região, recordando que nos últimos 60 anos “diversas vagas migratórias afastaram 200 mil açorianos da sua terra natal, fruto de atrasos estruturais do arquipélago e da falta de perspectivas de um futuro melhor”.

Numa referência à agenda do principal fórum mundial sobre migrações, que se prolonga até sexta-feira em Ponta Delgada com a presença de cerca de 600 participantes, Carlos César sublinhou que a constante mobilidade associada à reestruturação económica, às instabilidades regionais e às alterações climáticas vão obrigar “os decisores políticos a prestarem cada vez mais atenção” aos fenómenos migratórios.
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