Açoriano Oriental
Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores reivindica 500 botijas de gás

A vice-presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores confirmou o abastecimento de 100 botijas de gás à ilha pela vizinha parcela do Corvo, mas considera valor “insuficiente” e reivindica cerca de 500.

Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores reivindica 500 botijas de gás

Autor: Lusa/AO Online

“Espera-se que o Governo Regional tome medidas para que o produto chegue à ilha das Flores o mais rápido possível”, indicou Elisabete Nóia, em declarações à Lusa.

A ilha das Flores está a receber um abastecimento de emergência de gás, a partir de reservas existentes na ilha do Corvo, devido aos constrangimentos na operação marítima de transporte de mercadorias provocados pelas condições atmosféricas, anunciou na segunda-feira o presidente do Governo Regional.

Na sequência da passagem do furação 'Lorenzo", em 2019, pelos Açores, o porto comercial das Lajes das Flores foi danificado e a situação agravou-se com a tempestade 'Efrain', em dezembro de 2022.

A autarca salvaguarda que a ilha possui mais de três mil habitantes e, neste momento, já se sente rutura”, com as empresas que fornecem o gás a “já não terem para satisfazer a população”.

A autarca reivindica 500 garrafas para que se “tenha um ‘stock’ que permita ter uma situação confortável no resto do inverno, face à imprevisibilidade no transporte”.

De acordo com a vice-presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores, existem cerca de 80 contentores “à espera para chegar à ilha das Flores, espalhados por alguns portos dos Açores” e a “frágil economia da ilha precisa funcionar”.

A autarca salvaguarda que o tecido empresarial “está a aguardar e já pagou a mercadoria”, estando em causa, para além de bens alimentares, materiais de construção civil e rações para animais”.

Elisabete Nóia subscreve a posição do Conselho de Ilha sobre a “precipitação” do Governo dos Açores em retirar da ligação com a ilha o porta-contentores “Margareth”.

“Foi uma situação precipitada porque, entretanto, veio logo a seguir, embora não estivesse programada, outra tempestade após o ‘Lorenzo’, pondo por terra a pouca proteção que ainda havia no local”, apontou à Lusa, o responsável pelo Conselho de Ilha, José António Corvelo.

De acordo com Elisabete Nóia, “foi um bocadinho precoce ter rescindido o contrato com o navio ‘Margareth’, que terminava a janeiro de 2023, porque é um navio mais pequeno e que tinha servido deste o furacão ‘Lorenzo’, tendo havido alguma regularidade no transporte de mercadorias”.

A vice-presidente salvaguarda que “o Governo Regional, e bem, volta agora atrás, voltando a contratar o ‘Margareth', que deverá chegar às Flores em março.


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