Autor: Lusa/AO Online
Em comunicado de imprensa, o Bloco afirma que a "cidade de Ponta Delgada não pode esperar mais" pelo promotor do projeto, a sociedade Asta Atlântida, para o concluir.
"A solução deve passar por um entendimento entre o Governo e autarquia para, de uma vez por todas, garantir que aquele espaço seja rapidamente devolvido à utilização pública", afirma o BE.
Na terça-feira, o BE/Açores pediu explicações ao Governo Regional sobre o "mamarracho" que se encontra na Calheta de Pêro de Teive, em Ponta Delgada, salientado que "todos os prazos têm sido queimados" para a requalificação daquele espaço.
Em reação às críticas do Bloco de Esquerda, o Governo dos Açores, liderado pelo socialista Vasco Cordeiro, afirmou que a requalificação das galerias comerciais na Calheta de Pêro de Teive ainda não se iniciou devido à falta da licença por parte da câmara.
Por sua vez, a Câmara de Ponta Delgada, liderada pela social-democrata Maria José Duarte, disse, na quarta-feira, estar a aguardar a resposta do promotor da requalificação da Calheta de Pêre de Teive para concluir o licenciamento do projeto.
Hoje, o BE considerou que "valeu a pena chamar atenção para o abandono da Calheta", porque "obrigou o Governo Regional e a Câmara Municipal a pronunciaram-se sobre o assunto".
O partido, liderado na região por António Lima, destaca que, em novembro de 2019, o município confirmou que o promotor "já tinha pago a taxa" para poder demolir as inacabadas galerias comerciais localizadas naquele espaço.
"A verdade é que tudo continua na mesma e o Governo também é responsável pelo atraso na conclusão deste processo", prosseguem os bloquistas, salientando que o executivo regional não indicou no contrato uma "data limite concreta para o início das obras".
"Quando é para dar boas notícias, o governo e a autarquia correm para a frente das câmaras, mas quando é para explicar por que razão aquele espaço continua ao abandono ao fim de tantos anos, tentam sacudir as responsabilidades", lê-se no documento.
Em janeiro de 2008, foi anunciado que iria nascer um novo espaço comercial na marginal de Ponta Delgada, com 60 lojas e sete restaurantes, no espaço da Calheta de São Pedro.
Em 2016, o fundo Discovery, responsável pelo projeto, apresentou uma "mudança radical" para as inacabadas galerias comerciais, que passava por demolições, redução de volumetrias e criação de um jardim público.