Açoriano Oriental
Autarca de Praia da Vitória diz que propostas da República são iguais às do município
O autarca da Praia da Vitória acusou o Governo da República de ter perdido tempo a realizar um estudo que apresenta propostas iguais às que a autarquia apresentou em 2012 para mitigar o impacto da redução norte-americana na base das Lajes.
Autarca de Praia da Vitória diz que propostas da República são iguais às do município

Autor: Lusa/AO Online

 

"Tudo isto comprova apenas o que o município sempre disse: a intervenção da secretaria [de Estado] da Economia teve sempre por objetivo adiar a solução do problema. Perderam-se dois anos de ação em troca de dois anos de nada", frisou Roberto Monteiro, num comunicado de imprensa.

As declarações do autarca surgiram em reação à apresentação de um estudo realizado por um grupo de trabalho, composto por ministros e pelo vice-presidente do Governo Regional dos Açores, que identificou 10 propostas para mitigar o impacto da redução militar norte-americana na base das Lajes.

O secretário de Estado Adjunto da Economia, Leonardo Mathias, apresentou, na quarta-feira, em Angra do Heroísmo, a um grupo de empresários da ilha Terceira, as conclusões do estudo, que só deverá estar concluído em meados de agosto, salientando que cabe ao Governo Regional definir se quer adotar e de que forma as medidas propostas.

Roberto Monteiro criticou a "desfaçatez" do governante por apresentar "as mesmas propostas" que o município apresenta desde 2012 e que entregou ao representante da República para os Açores e ao primeiro-ministro.

"No fundo, o que o senhor secretário [de Estado] da Economia realizou em Angra do Heroísmo foi um momento de campanha eleitoral, disfarçado de lição aos ilhéus, empurrando a fatura deste problema para outros e, arrogantemente, mantendo a estratégia de desresponsabilização da República", acusou.

O autarca lamentou que Leonardo Mathias não tivesse apresentado um "compromisso real e concreto" com medidas, mas apenas a confirmação de que "se os outros avançarem, poderão ter uma esmola da República", criticando também o "recorrente anúncio” de que "o dono da entrada de uma operação aérea ‘low-cost' nas Lajes é o ministro da Economia".

Roberto Monteiro salientou ainda que o impacto económico da redução militar norte-americana já tinha sido "estudado exaustivamente, com rigor e competência, pelas entidades e instituições locais e regionais, que conhecem a realidade porque a vivem e não a partir de um gabinete e de um programa informático a quilómetros de distância".

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