Autor: Lusa/Ao online
Para Karin Kneissl, chefe da diplomacia da Áustria, país que está à frente da presidência rotativa da União Europeia neste semestre, o facto de Riade (capital da Arábia Saudita) ter reconhecido que o repórter morreu no seu consulado, "não altera a necessidade de uma investigação exaustiva, credível e independente”.
"Assistimos com grande preocupação à situação dos críticos do Governo da Arábia Saudita. O caso Khashoggi é apenas o ponto de horror", advertiu Kneissl em comunicado, citado pela agência de notícias espanhola EFE.
Além disso, a nota assinada por esta ministra austríaca recorda a "deterioração massiva da situação dos direitos humanos" no Reino wahabi (saudita) durante "os últimos dois anos", nomeadamente com um "forte aumento do número de presos políticos", incluindo de "numerosas mulheres", que foram presas em junho e "cujo único crime foi participar em congressos".
Khashoggi desapareceu após uma visita ao consulado de saudita em Istambul, na Turquia, a 02 de outubro.
Também o ministério das Relações Exteriores britânico está a analisar o relatório saudita que confirma a morte do jornalista, reiterando que os responsáveis devem ser responsabilizados.
Numa declaração feita hoje, o ministro britânico revelou que estão também a ser ponderados “os próximos passos”, de acordo com a agência norte-americana Associated Press (AP).
As autoridades do reino saudita reconheceram que o jornalista morreu durante uma rixa no consulado do país em Istambul.
A atividade daquele consulado foi suspensa depois da morte da morte de Khashoggi.