Autor: Lusa/AO online
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"Não basta corresponder de imediato às sugestões ou às exigências dos filhos e dos netos. É preciso ter perante o mercado um espírito crítico acentuado", disse hoje à agência Lusa Mário Frota, fundador e dirigente da Acop.
Na sua opinião, "é preciso que haja bom senso em tudo e cautelas" das pessoas que escolhem os brinquedos, sobretudo dos pais e outros familiares", pois "cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém".
"A escolha do brinquedo não deve recair só sobre a criança. Os adultos que pretendam oferecer brinquedos a crianças devem, pois, optar pelo brinquedo mais conveniente, tendo em consideração a segurança bem como a idade do destinatário", defende a Acop em comunicado.
Citando o poeta Fernando Pessoa, a associação, com sede em Coimbra, alerta que, se "o melhor do mundo são as crianças", é necessário "investir empenhadamente na sua inalienável segurança", cumprindo e fazendo cumprir as normas de segurança dos brinquedos, a nível nacional e na União Europeia.
"Opte por brinquedos com a marcação CE", recomenda, advertindo, no entanto, que estes bens podem não ser seguros mesmo que neles figure aquele logótipo.
A marca CE "quer dizer que há uma eventual conformidade com as normas harmonizadas, mais não representa do que uma mera presunção de segurança", enfatizou Mário Frota.
O especialista, que é também presidente da Associação Portuguesa de Direito do Consumo, alertou ainda para a existência no mercado de "brinquedos que podem ter uma capacidade letal e de ferir".
Por isso, recomendou aos familiares das crianças para terem, neste Natal, "uma intervenção relativamente exigente" quanto aos "brinquedos que apelam ao belicismo" ou que "representam uma soma enorme de agressividade".