Açoriano Oriental
APAV verifica aumento de pedidos de ajuda de idosos com a pandemia

Apesar de não quantificar, Sílvia Branco da APAV fala em aumento de pedidos de ajuda de idosos desde o início da pandemia nos Açores

APAV verifica aumento de pedidos de ajuda de idosos com a pandemia

Autor: Carolina Moreira

A coordenadora do gabinete da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) nos Açores, Sílvia Branco, afirma que, desde o início da pandemia, se tem verificado um aumento dos pedidos de ajuda por parte de idosos na Região.

Apesar de não quantificar o número de casos registados, em declarações à Rádio Açores TSF, Sílvia Branco salienta que “o que sentimos este ano foi que pessoas idosas vítimas de crimes têm sido cada vez mais uma constante no que diz respeito aos pedidos de apoio” e frisa que “existem com certeza outras tantas que ou não estão informadas ou ainda não se sentem capazes de pedir o apoio da APAV”.

Segundo a responsável pelo gabinete de apoio à vítima nos Açores, a associação tem “registado, sobretudo, que esta violência exercida sobre as pessoas idosas parte de filhos e de filhas que, muitas vezes, por força das circunstâncias de perda de emprego, situações de ‘lay-off’ tiveram de recorrer ao apoio da mãe ou do pai”.

“Num primeiro momento, estes pais abriram as portas de suas casas, mas depois por algum motivo foram alvo de algum tipo de comportamento agressivo, acima de tudo a nível psicológico e financeiro”, assegura.

As declarações de Sílvia Branco à Rádio Açores TSF surgem no contexto de uma entrevista sobre a campanha de angariação de voluntários que se encontra em curso até ao final do mês, garantindo a responsável pela APAV que “qualquer pessoa pode ser voluntária” e que “há sempre forma de ajudar” a associação.

“Por vezes, o voluntário quer ajudar no âmbito do atendimento a vítimas de crimes, mas depois percebe que prefere fazer voluntariado no âmbito de ações de sensibilização aos mais variados públicos”, afirma Sílvia Branco, ressalvando que, neste sentido, a associação promove sempre uma entrevista de esclarecimento e seleção dos candidatos.
“Também temos voluntários na modalidade ‘pro bono’: há voluntários que, devido à sua atividade profissional, não conseguem estar semanalmente presencialmente aqui connosco e, imaginemos que organizamos um seminário, um evento, umas jornadas, aí contactamos estas pessoas. Há sempre forma de ajudar a APAV”, garante.

Segundo Sílvia Branco, a APAV na Região conta atualmente com três voluntários e tem já cinco outros candidatos, fruto da campanha que se encontra em vigor, sendo assegurada uma formação inicial e contínua dos voluntários.

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