Autor: Lusa/AO Online
Vasco Cordeiro considerou ser “legitimo e bom” que o Conselho de Ilha reivindique mais no setor dos transportes aéreos e marítimos, a par da saúde, entre outras áreas, mas salvaguardou que o percurso que os Açores têm feito nestes domínios “é a todos os níveis notável” em termos de qualidade e quantidade.
Para o líder do executivo açoriano, que falava aos jornalistas no final da reunião do Conselho de Ilha de São Jorge, que está a visitar oficialmente, o crescimento que se verificou em termos de carga, passageiros e gado exportado por via do Porto das Velas está “intimamente relacionado com as acessibilidades”.
Vasco Cordeiro destacou o anúncio pela titular da pasta dos Transportes que a empresa pública Atlânticoline vai reforçar em 2019 as ligações marítimas com a ilha, havendo ainda mais de 3.000 lugares de reforço nas ligações aéreas.
A presidente do Conselho de Ilha considerou, por seu turno, que o que o Governo dos Açores tem feito “não é o suficiente”, pelo que defendeu a continuação das reivindicações, acrescentando que saiu da reunião com o executivo açoriano não “totalmente insatisfeita”, mas com vários constrangimentos.
Maria Isabel Teixeira afirmou que as acessibilidades “preocupam gravemente”, apesar de o presidente do Governo Regional ter afirmado que está a trabalhar para que seja possível que os navios de cruzeiro passem a escalar o Porto das Velas de São Jorge.
A responsável reiterou que o fluxo turístico para aquela ilha do grupo central “tem vindo a aumentar” e os seus habitantes que querem sair ou regressar “têm muitas dificuldades em fazê-lo”.
Além das ligações aéreas, Maria Teixeira queixa-se que a ilha ficou “muito lesada” com o encalhamento do barco da Atlânticoline na Madalena, ilha do Pico, em 2018, nomeadamente em termos de ligações entre a Calheta e Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.
“Também a nível do Triângulo (Faial, Pico, São Jorge) necessita-se que seja revisto, de uma vez por todas, este modelo de transporte”, defendeu a responsável, preconizando uma ligação com o Pico e Faial noutros horários que assegurem que os jorgenses cheguem mais cedo àquelas duas ilhas.