Autor: Lusa/AO Online
Na segunda volta das eleições do Partido Democrático, Noda, de 54 anos, obteve 215 votos a favor contra 177 alcançados pelo ministro da Economia, Comércio e Indústria, Banri Kaieda, de 62 anos, entre os 392 expressos nas urnas.
Ambos tinham superado na primeira volta os outros três candidatos: o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Seiji Maehara, de 49 anos, que era o favorito dos japoneses, segundo as sondagens, o titular da pasta da Agricultura, Michihiko Kano, de 69 anos, e o antigo ministro dos Transportes Sumio Mabuchi, de 51 anos.
O Partido Democrático tem a maioria no parlamento e, por isso, Noda será certamente eleito primeiro-ministro, sucedendo a Naoto Kan, que na sexta-feira anunciou a sua demissão já aguardada na sequência das críticas de que foi alvo pela sua gestão da crise decorrente do sismo e tsunami de 11 de março.
Após ser divulgado o resultado da votação, Noda, um sério defensor da disciplina fiscal, admitiu que após o sismo de 11 de março a pressão a enfrentar na política nipónica é cada vez maior, mas garantiu que trabalhará para resolver a crise e apelou à unidade do seu partido para enfrentar os desafios atuais.
“Para resolver o problema (da central nuclear) de Fukushima, reconstruir a zona devastada, lutar contra a valorização do iene e a deflação, é preciso que todos caminhemos no mesmo sentido”, afirmou o futuro primeiro-ministro da terceira economia mundial.
Noda acrescentou que o Partido Democrático deverá deixar de lado as disputas internas para que os japoneses não se arrependam de lhe ter dado a vitória nas eleições.
Yoshihiko Noda será o sexto primeiro-ministro do Japão nos últimos cinco anos, depois de Shinzo Abe (2006-2007), Yasuo Fukuda (2007-2008), Taro Aso (2008-2009), Yukio Hatoyama (2009-2010) e Naoto Kan (2010-2011).