Açoriano Oriental
Sinfonietta estreia hoje obra inédita de Antero Ávila no Coliseu

A Sinfonietta de Ponta Delgada vai estrear hoje, no Coliseu Micaelense, uma obra inédita do compositor picoense Antero Ávila, intitulada ‘Paisagens de Bruma’.

Sinfonietta estreia hoje obra inédita de Antero Ávila no Coliseu

Autor: Miguel Bettencourt Mota

O espetáculo terá início às 21h30 e marcará o segundo concerto da Temporada Sinfónica daquela orquestra de Ponta Delgada, que é tutelada pela Quadrivium - Associação Artística.

Não obstante a peça musical do compositor açoriano ser o ponto de maior destaque no serão musical, o público que se decida a estar presente vai também poder ouvir o ‘Concerto para Trompete de Johann Hummel’, bem como a Sinfonia nº 94 de Joseph Haydn.

O espetáculo arranca justamente com o concerto ‘desenhado’ por Hummel, compositor clássico que viveu entre os séculos XVIII e XIX, recordou a este jornal o maestro da Sinfonietta.

A peça do compositor austríaco será tocada pelo solista povoacense Hugo Araújo, uma opção que cumpre com um dos principais desígnios da Sinfonietta “que é o de fazer tocar nos palcos da sua terra, os jovens músicos que fomos produzindo e felizmente ganharam asas para o exterior”, sublinhou Amâncio Cabral
Ainda antes de se ouvir a obra escrita por Antero Ávila para a Sinfonietta, ouvir-se-á a sinfonia de Haydn.

“A sinfonia nº 94, designada a ‘Surpresa’, é uma obra maior do repertório orquestral e sinfónico, com temas bastante virtuosísticos que penso que serão do agrado do público”, prosseguiu o responsável.

Depois, então, as ‘Paisagens de Bruma’ tomarão o palco e a atmosfera sonora do Coliseu Micaelense.

“É uma obra que reflete, de certa forma, e na visão do seu compositor, toda uma série de valências sonoras que remetem para o nosso imaginário regional”, indicou o maestro titular.

Não querendo substituir-se à visão de Antero Ávila, Amâncio Cabral está em crer que esse mesmo imaginário será feito passar “nas passagens de maior lirismo”, “nos apontamentos mais descritivos “ ou até “nos momentos de maior fulgor sonoro e tímbrico” que constam na obra

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Não é, de resto, a primeira vez que a Sinfonietta de Ponta Delgada traz para o seu repertório aquele que é o pensamento e a musicalidade dos compositores açorianos, ou não fosse também essa uma das suas principais premissas.

Como referiu o responsável, “existindo uma orquestra sinfónica dos Açores, terá de ser uma das suas missões fazer executar o repertório dos compositores regionais”.

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