A paralisação de 24 horas, que terminou às zero horas de hoje, foi convocada pelo SITAVA - Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos, em protesto contra a alegada excessiva carga horária de trabalho, sobretudo no aeroporto de Lisboa, local onde a Groundforce opera, com maior tráfego de passageiros. A empresa refuta o motivo invocado.
Num balanço final da greve, Fernando Henriques, dirigente do SITAVA, disse à agência Lusa que a paralisação teve, no aeroporto de Lisboa, uma adesão de 80 a 100 por cento dos trabalhadores, consoante os serviços, causando "atrasos em todos os voos" com partida prevista da Portela, num total de mais de 180 voos.
De acordo com o sindicalista, os atrasos variaram entre 15 a 20 minutos e as três horas e meia, sendo que seis voos da TAP foram adiados para hoje, versão refutada pelo porta-voz da companhia.
António Monteiro, porta-voz da TAP, reconheceu, no entanto, "alguns atrasos pontuais" nos voos da companhia aérea, decorrentes, nomeadamente, da greve.
Nos outros aeroportos onde a Groundforce opera, a adesão à greve foi nula no Funchal e no Porto Santo, e "reduzidíssima" no Porto, admitiu o dirigente sindical Fernando Henriques.
A empresa avançou com uma adesão entre os 25 e os 30 por cento em Lisboa e nula nos restantes aeroportos assistidos pela Groundforce.
À Lusa, o responsável pelo Departamento de Comunicação da empresa de "handling", Fernando Faleiro, alegou que a greve "não afetou diretamente a operação", apesar de "alguns atrasos pontuais" de voos, por fatores externos à paralisação, como assistência técnica.
Ao argumento do sindicato de que os funcionários da Groundforce trabalham em Lisboa nove a dez horas diárias, Fernando Faleiro contrapôs que o horário passou a ser de 7,5 horas desde que a atual administração assumiu funções.
Entre os vários serviços que presta a mais de 150 companhias aéreas, a Groundforce assegura a limpeza de aviões, a entrega de bagagem, a segurança aeroportuária, a manutenção do equipamento e o transporte em terra.
