Açoriano Oriental
Agricultura
Seca reduz em 30 por cento produção de tabaco
A produção de tabaco na ilha de S. Miguel registou na colheita deste ano uma quebra de cerca de 30 por cento face ao esperado, devido à fraca precipitação ocorrida entre Março e Agosto.
Seca reduz em 30 por cento produção de tabaco

Autor: Lusa/AO online
A colheita deste ano deve ter rendido apenas 45 toneladas, contra as 65 toneladas que eram esperadas, segundo revelou Costa Martins, da Fábrica de Tabaco Estrela, a única tabaqueira dos Açores que compra tabaco a produtores locais.

Na colheita do ano passado, que atingiu cerca de 67 toneladas, já se tinha registado uma quebra significativa em relação aos anos imediatamente anteriores, com rendimentos da ordem das 100 toneladas.

Costa Martins salientou que a quebra na produção de matéria-prima local, para a qual a fábrica contribui com a cedência de plantio e adubos, implica prejuízos para um sector já penalizado com uma redução de vendas associada a sucessivos aumentos da carga fiscal.

O impacto do aumento dos impostos sobre os cigarros no negócio das tabaqueiras açorianas foi também sublinhado à Lusa por Mário Fortuna, da Fábrica de Tabacos Micaelense.

Os responsáveis pelas duas fábricas de tabaco açorianas adiantaram que, a partir de Janeiro, os cigarros produzidos e vendidos nos Açores vão sofrer uma nova subida de preço, entre 5 a 10 por cento.

O tabaco produzido e comercializado no arquipélago beneficia de taxas de imposto inferiores às praticadas no continente, mas as regras previstas na proposta de Orçamento do Estado para 2012 implicarão aumentos particularmente mais elevados nas marcas de custo inferior, salientaram os dois gestores.
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