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Rota da Dinamarca mantém-se apesar da falência da Sterling
A companhia aérea de baixo custo Sterling Airways, sedeada na Dinamarca e que voava para o Funchal, Faro e Ponta Delgada, anunciou  que vai declarar falência devido à actual crise financeira.
Rota da Dinamarca mantém-se apesar da falência da Sterling

Autor: Luís Pedro Silva
A empresa refere através de um comunicado que “nas últimas semanas, a direcção, o conselho de administração e os accionistas da Sterling Airways tentaram manter a empresa viva”, mas devido à situação económica “a acção não teve o efeito desejado, pelo que decidimos declarar falência””, acrescenta a companhia aérea.
A Sterling Airways, garantia dois voos semanais entre a Dinamarca e Ponta Delgada, cancelou todos os voos, deixando em terra cerca de 300 passageiros nos Açores.
A operadora turística SolResor, responsável pela gestão da rota Dinamarca-Açores, garantiu através de Caroline Andersen, responsável pela agência em Ponta Delgada, que nenhum passageiro será penalizado com a situação, tendo contratado o serviço de outra companhia aérea que hoje vai transportar os turistas dinamarqueses em dois voos, com destino a Copenhaga e Billund.
“As pessoas vão regressar à Dinamarca na hora marcada, em aviões fretados, não haverá qualquer mudança na rota”, sublinhou Caroline Andersen.
A representante da operadora turística garante que a rota entre Ponta Delgada e Dinamarca vai continuar, apesar da falência da companhia aérea de low cost Sterling.
“Vamos continuar conforme planeado e vamos realizar o transporte de passageiros com outra companhia. Esta situação já aconteceu no passado e provavelmente vai acontecer no futuro”, afirmou Caroline Andersen.
A operadora turística SolResor vai manter dois voos por semana entre a Dinamarca e Ponta Delgada, representando cerca de 300 a 350 turistas.

Motivos da falência da Sterling
A subida do preço dos combustíveis foi a justificação apresentada pela companhia aérea Sterling para justificar a abertura de falência.
No Inverno de 2007/08 a companhia começou a perceber “sinais de estagnação do mercado” e admite que com a subida dos preços de combustíveis a empresa ficou “exposta” à crise económica, porque tinha em curso uma “forte expansão da sua actividade”.
A situação agravou-se na primavera de 2008, com o abrandamento da procura e forte subida dos combustíveis, motivando fortes prejuízos para a companhia aérea.
A empresa ainda implementou um plano de reestruturação com redução de frota e pessoal e a retirada de actividades que causavam prejuízos. A empresa ainda contou com uma injecção de 74,6 milhões de dólares, mas o colapso do sistema financeiro islandês, em pouca semanas, foi o flagelo da Sterling.
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