Autor: Lusa/AO Online
Em declarações à Lusa, Cláudio Lopes, deputado social-democrata no arquipélago, sublinhou que o relatório do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Marítimos, hoje divulgado, concluiu que o acidente se deveu à "falta de manutenção dos cabeços de amarração do porto".
"O relatório hoje conhecido é grave e não pode passar sem consequências", insistiu o deputado do PSD, que "repudia" a atitude de "desresponsabilização" do secretário regional do Turismo e dos Transportes, Vitor Fraga, que hoje se "colocou ao largo de qualquer responsabilidade política".
No seu entender, o executivo deve uma explicação aos açorianos: “Não podemos admitir que anuncie projetos de novos navios ou de obras nos portos ao mesmo tempo que ignora a elaboração de procedimentos técnicos de segurança para operar com esses navios".
Sem exigir a demissão do titular da pasta dos Transportes ou dos administradores das empresas públicas Porto dos Açores e Transmaçor – Transportes Marítimos Açorianos, Ld.ª, o parlamentar considerou que lhes compete assumirem as suas próprias responsabilidades.
A Transmaçor é responsável por ligações marítimas entre o Faial, o Pico e São Jorge. Foi fundada em 1987, resultando da fusão de várias empresas, e em 2011 o Governo Regional ficou detentor de 88,37% do capital social, cabendo o restante à Empresa Açoriana de Transportes Marítimos, Lda.
O relatório do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Marítimos, disponível na internet, conclui que o acidente que envolveu o navio Gilberto Mariano, a 14 de novembro de 2014, ficou a dever-se a uma série de fatores.
O documento aponta como fatores determinantes para o acidente a "ausência" de manutenção dos cabeços de amarração (um dos quais apresentava mesmo uma fissura), a utilização de cabos de amarração "sobredimensionados" e a forte ondulação que se fazia sentir na ocasião.
-
Açores acolhe reunião das Regiões Periféricas e Marítimas da Europa
-
Cultura e Social
Juliana Furtado Mendonça venceu Caravela d’Ouro