Autor: Lusa/AO Online
"O Governo Regional socialista empatou, durante um ano, este processo, ao dizer que preferia esperar pela solução nacional. Agora que recuou nessa intenção e iniciou negociações com os sindicatos esperemos que não empate mais a vida dos professores açorianos", afirmou, citado numa nota de imprensa.
O presidente do executivo açoriano, Vasco Cordeiro, anunciou no final de novembro, na Assembleia Legislativa dos Açores, que iria dar indicações para a abertura de negociações na região com os sindicatos dos docentes para a recuperação integral do tempo de carreira congelado (sete anos no caso dos Açores), de forma faseada, em seis anos.
As negociações iniciaram-se esta segunda-feira com o Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA) e prosseguem esta terça-feira com o Sindicato Democrático dos Professores dos Açores.
Rui Espínola disse que os social-democratas vão estar "vigilantes", alegando que "é frequente o Governo Regional socialista dar o dito por não dito".
"O recuo do Governo Regional e do Partido Socialista é uma grande vitória dos professores. Mas essa vitória só será plena quando houver a recuperação integral do tempo de serviço congelado. Até lá, o PSD/Açores estará muito atento ao desenrolar das negociações", frisou.
O dirigente social-democrata acusou o PS de ter chumbado há um mês, na Assembleia Legislativa dos Açores, uma proposta do PSD para que os professores recuperassem integralmente o tempo de serviço, para anunciarem agora "uma proposta semelhante à que haviam rejeitado".
À saída da reunião com o vice-presidente do Governo Regional e com o secretário regional da Educação e Cultura, o presidente do Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA) disse estar "satisfeito" com o acordo alcançado, apesar de não ter sido acolhida a proposta do sindicato de recuperação do tempo de serviço em cinco anos.
"Sem dúvida nenhuma esta proposta é melhor do que a da Madeira e é muito melhor do que o que está em cima da mesa ao nível do continente", adiantou o presidente do SPRA, António Lucas, salientando que a proposta "contempla a recuperação da totalidade do tempo de serviço e a possibilidade de, em todos os orçamentos, estarem previstas as verbas necessárias à recuperação anual do tempo de serviço".
Em cada ano, os docentes dos Açores vão recuperar 426 dias de serviço, mas o processo poderá ser acelerado consoante o número de aposentações no ano anterior.