Açoriano Oriental
Programa Novas Oportunidades já requalificou mais de 90 mil adultos
Mais de 90 mil portugueses dos quase 450 mil que se inscreveram no Programa Novas Oportunidades desde o início de 2007 obtiveram certificação ao nível do ensino básico e secundário.
Programa Novas Oportunidades já requalificou mais de 90 mil adultos

Autor: Lusa/AO
De acordo com os dados da Agência Nacional para a Qualificação, que hoje serão apresentados pelo primeiro-ministro na Póvoa do Varzim no âmbito da inauguração de um novo Centro, desde 2007 e até 31 de Agosto de 2008, inscreveram-se nos Centros de Novas Oportunidades 447.774 adultos, dos quais 92.351 obtiveram certificados.

    Dos adultos que já obtiveram certificação, 4.021 foram de nível secundário.

    O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social já tinha salientado quinta-feira que o programa de requalificação Novas Oportunidades estava a ter uma boa adesão, pois já envolveu cerca de 10 por cento da população activa, num total de mais de 500 mil cidadãos.

    Os dados a que a Agência Lusa teve acesso revelam que, desde o início do Novas Oportunidades, em 2006, inscreveram-se no programa 516 mil adultos, dos quais obtiveram certificação 161.683 mil.

    Dos adultos incritos nos Centros Novas Oportunidades desde o início de 2007, 213.890 tinham como objectivo a equiparação ao ensino básico, enquanto 233.884 pretendiam o nível secundário.

    A maioria dos incritos para obter o nível básico (36 por cento) tinha entre 35 e 44 anos, apenas 10 por cento tinha entre 18 e 24 anos e apenas um por cento tinha 65 ou mais anos.

    A maioria dos inscritos para obter o nível secundário (37 por cento) tinha entre 25 e 34 anos, e apenas 3 por cento tinham entre 55 e 64 anos.

    A região Norte foi a que registou a maior incidência de incrições para obtenção do nível básico (45 por cento) e do nível secundário (37).

    A região da Madeira registou apenas um por cento de incrições para ambos os níveis.

    O programa de requalificação Novas Oportunidades, apresentado em Setembro de 2005 pelo primeiro-ministro, é tutelado pelo Ministério do Trabalho e pelo Ministério da Educação.

    O objectivo do programa é qualificar um milhão de activos até 2010, assim como envolver mais de 650 mil jovens em cursos técnicos e profissionalizantes.

    A importância da estratégia da qualificação está também expressa no Plano Nacional de Emprego e no Plano Tecnológico.

    Segundo dados do Ministério da Educação, só 20 por cento da população adulta portuguesa completou o ensino secundário.

    Nos países da OCDE esta percentagem ronda os 70 por cento.

    Dos cerca de cinco milhões de portugueses que integram a população activa, metade tem menos que a escolaridade obrigatória.

    Portugal tem mais de 485 mil jovens a trabalhar sem o ensino secundário completo e mais de metade destes (mais de 266 mil) não concluiram a escolaridade obrigatória.
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