Passos Coelho receberá as conclusões das mãos da principal organizadora, Sofia Galvão, advogada, antiga secretária de Estado e ex-dirigente do PSD.
No encerramento do debate, na passada quarta-feira, o primeiro-ministro afirmou que a reforma do Estado é uma tarefa inevitável dos governos portugueses nos próximos 20 anos e avançará com o consenso possível, não podendo ficar parada por "medo do ciclo político".
"O país não pode ficar parado, paralisado, por não haver consenso necessário à decisão, ou por simples medo do ciclo político, de evitar o desagrado do eleitorado", defendeu Pedro Passos Coelho.
Na sua intervenção, o primeiro-ministro sustentou que o Estado social e a coesão social não serão postos em causa, antes pelo contrário, dependem da realização dessa reforma, e negou que o seu objetivo principal seja financeiro.
Por outro lado, Passos Coelho referiu que, "por mais escasso que for o consenso possível de obter" sobre a reforma do Estado, "haverá sempre o consenso imposto pelo limite da Constituição", o que considerou ser "garantia suficiente para afastar velhos fantasmas carcomidos pelo tempo, mas que não têm infelizmente deixado de ser agitados".
Na mesma ocasião, Pedro Passos Coelho considerou que o debate sobre a reforma do Estado começou bem, mas pediu a mobilização de todos os cidadãos para futuras iniciativas.
A conferência "Um Estado para a Sociedade" decorreu no Palácio Foz, em Lisboa, dias 15 e 16 de janeiro, com limites à cobertura jornalística e com protestos de feirantes à porta por lhes ter sido negada a entrada, que dependia de convite.
