Açoriano Oriental
Portugal e Brasil vão ter ocasião na cimeira bilateral para esclarecer "pontos de vista"

O presidente da Assembleia da República afirmou que Portugal e o Brasil, que "têm relações extremamente próximas", terão ocasião na cimeira bilateral de sábado de "esclarecer mutuamente os pontos de vista" sobre vários assuntos.

Portugal e Brasil vão ter ocasião na cimeira bilateral para esclarecer "pontos de vista"

Autor: Lusa/AO Online

Augusto Santos Silva falava aos jornalistas à margem da sexta edição do Congresso Literacia, Media e Cidadania, que arrancou hoje na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa, em Benfica, cujo mote escolhido pelo GILM - Grupo Informal sobre a Literacia para os Media é "Transição Digital e Políticas Públicas".

Instado a comentar as declarações do Presidente brasileiro, Lula da Silva, sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia, o presidente da Assembleia da República declinou fazer comentários, uma vez que já não é ministro dos Negócios Estrangeiros.

"É o Governo que conduz a política externa portuguesa", afirmou Augusto Santos Silva.

Portugal e o Brasil "têm relações extremamente próximas e têm uma cimeira bilateral amanhã já [sábado] e terão ocasião de esclarecer mutuamente os pontos de vistas sobre os mais diversos assuntos, isso é o que acontece nas cimeiras bilaterais", disse.

Além disso, prosseguiu, "a posição portuguesa é conhecida, e o que posso dizer como presidente do parlamento é que é uma posição apoiada, arrisco a dizer, por mais de 90% do parlamento português".

Ainda "há poucos dias votámos um voto de solidariedade com as vítimas dos massacres russos na Ucrânia que foi votado favoravelmente por todos os grupos parlamentares, menos um", rematou.

Lula da Silva chegou hoje a Lisboa para uma visita de Estado de cinco dias em Portugal, onde fechará pelo menos 13 acordos bilaterais na cimeira luso-brasileira, que deveria ser anual, mas que será a primeira em sete anos, no sábado.

O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva referiu que a solução pacífica para acabar com a guerra é a Ucrânia desistir dos seus territórios, considerando que as culpas têm de ser repartidas pelos dois lados.

As palavras do Presidente brasileiro, proferidas na presença do chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, foram de imediato criticadas pelo Ocidente, sobretudo pela União Europeia e pelos Estados Unidos, o que obrigou Lula da Silva a "emendar a mão" para salientar que condena a invasão russa da Ucrânia e defende a paz.

"Ao mesmo tempo em que o meu Governo condena a violação da integridade territorial da Ucrânia, defendemos uma solução política negociada. Falei da nossa preocupação com os efeitos da guerra, que extrapolam o continente europeu", disse, posteriormente, Lula da Silva.

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