Ucrânia

Parlamento aprova adiamento das eleições locais previstas para este mês

O Parlamento da Ucrânia aprovou hoje o adiamento das eleições locais, previstas para este mês, enquanto persistir a atual lei marcial, ou seja, até ao fim da guerra desencadeada pela invasão russa em fevereiro de 2022



Com esta decisão, aprovada por 308 dos 450 deputados, as eleições locais ficam formalmente adiadas, cinco anos depois das anteriores, e os mandatos dos autarcas são prorrogados.

De acordo com o documento, citado pela agência noticiosa Ukrinform, “a organização, preparação e realização de eleições locais em conformidade com a legislação nacional e os padrões europeus de eleições democráticas são impossíveis sob as condições da agressão militar da Federação Russa contra a Ucrânia e da lei marcial em curso”.

A resolução responsabiliza “o Estado agressor” por este adiamento.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também usou a lei marcial para justificar a prorrogação ‘sine die’ do seu mandato, cancelando as eleições legislativas de outubro de 2023 e as presidenciais de março de 2024.

O cancelamento das eleições levou Moscovo a questionar a legitimidade das principais instituições da Ucrânia, um argumento de que tanto Kiev como os seus principais parceiros ocidentais se distanciaram.

Entre os que agora permanecerão no cargo está o presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, um dos principais rostos da guerra na Ucrânia e crítico de Zelensky, a quem acusa de autoritarismo.

Em agosto, Zelensky declarou, numa reunião com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, que está preparado para convocar eleições após o fim da guerra.

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