Açoriano Oriental
Os Açores são a região do país com menor percentagem de desempregados sem habilitações

A percentagem de desempregados sem um grau de escolaridade nos Açores é a mais baixa do país, na sequência da motivação dos alunos que têm frequentado os cursos direcionados para adultos, que foram criados pelo Governo Regional com o objetivo de aumentar as qualificações e competências profissionais dos Açorianos, contribuindo para a sua realização e empregabilidade, anunciou o executivo.

Os Açores são a região do país com menor percentagem de desempregados sem habilitações

Autor: Susete Rodrigues

“É importante referir que a percentagem de desempregados adultos sem um grau de escolaridade é a mais baixa do país, pois temos uma taxa de 4,6 por cento enquanto a média nacional é de 7,6”, revelou a diretora regional do Emprego e Formação Profissional, citada em nota do Gacs.


Paula Andrade, que falava na cerimónia de entrega de Diplomas dos Cursos ABC a mais de 40 pescadores, em Rabo de Peixe, salientou que este trabalho, que tem sido feito através da Vice-Presidência desde 2013, “tem tido resultados ao nível da empregabilidade”.


A diretora regional lembrou que a Rede Valorizar, no âmbito da qual são promovidos estes cursos, começou por formar 400 pessoas e hoje em dia forma uma média de 1500 por ano.


“Estamos a falar de muitos adultos que não tiveram oportunidade na idade ‘normal’ de poder estudar e que lhes foi dada uma segunda oportunidade e conseguiram alcançar níveis de escolaridade”, frisou Paula Andrade.


O objetivo do Governo dos Açores é, com esta e outras medidas, contribuir para que com mais competências estes desempregados consigam não só entrar no mercado de trabalho como, também, obter melhores rendimentos, acrescentou.


Segundo o diretor regional das Pescas, que enalteceu “a vontade e o empenho” dos pescadores, a formação destes profissionais constitui “uma prioridade” para a Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, pois é essencial face “aos desafios” que enfrenta o setor.


Luís Rodrigues defendeu ainda a importância do trabalho em parceria, salientando que as associações de pesca têm contribuído para a identificação das necessidades formativas.


A formação de 300 horas de pescadores abrangeu três níveis de escolaridade, estando incluídas, na ‘competência de cidadania’, 30 horas dedicadas à obtenção do certificado de pescador.


No âmbito desta iniciativa, já se realizaram cursos ABC para uma turma de pescadores em São Mateus, na ilha Terceira, e cinco na Ribeira Grande, em São Miguel.


Estes cursos de dupla certificação abrangeram cerca de seis dezenas de profissionais da pesca, sendo que em setembro, vai iniciar-se mais um curso de escolarização para pescadores na ilha Graciosa.


Os Cursos de Aquisição Básica de Competências (ABC), criados pelo Governo dos Açores com o objetivo de dotar adultos de mais qualificações e de maiores níveis de escolaridades, receberam no final de 2016 o prémio nacional ‘Aprender ao Longo da Vida’, pelo seu caráter pedagógico inovador

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