Açoriano Oriental
“O tempo é o grande protagonista do cortejo de abertura”, garante o designer Vasco Lima

Vasco Miguel Valadão de Lima é designer gráfico, Presidente de Junta da freguesia de Vila Nova e estreia-se na criação do cortejo de abertura das Sanjoaninas 2023.


“O tempo é o grande protagonista do cortejo de abertura”, garante o designer Vasco Lima

Autor: Tatiana Ourique / AO Online

O cortejo é composto por 5 carros alegóricos, sendo eles: “O Sismo (transporta o chefe do protocolo), As Portas da Cidade (traz três damas das cidades irmãs), A fortaleza de São João Baptista (com outras três damas de cidades irmãs), O Jardim-Museu ( que leva a camareira e duas damas do concelho), A Fénix Renascida (com a presença da rainha das festas e dos seus pajens). 

Quanto a figurantes, totalizam cerca de 60. Alguns dão corpo a figuras marcantes da nossa história (ex. Vasco da Gama, D. Pedro IV, D. Maria II e Teotónio de Bruges).

 

Sempre ambicionei, um dia, vir a conceber tão nobre projeto criativo e considero uma honra associar-me à celebração de algo tão marcante para a ilha.

 

Filipe Valadão desenvolveu o design dos carros alegóricos e acompanha a construção, Marta Meneses desenhou e criou o guarda-roupa dos figurantes e do séquito, Lara Costa responsável pelas coreografias e coube ao Evandro Machado a criação dos arranjos musicais. Não posso deixar de destacar o conjunto de costureiras, maquilhadoras, cabeleireiros e colaboradores das oficinas da Câmara de Angra. Agradeço ainda a Maria Manuel Velasquez Ribeiro, pelo apoio ao nível dos preciosismos históricos que o cortejo evidencia”,

 

 O principal protagonista deste cortejo é o tempo. O primeiro quadro aborda a paragem do tempo como consequência direta do abalo de oitenta. Essa estagnação funciona como pretexto para uma viagem ao passado que se inicia com a revisitação dos momentos mais marcantes da história de Angra (ex. centralidade aquando dos Descobrimentos; o contributo enquanto bastião do liberalismo, etc.) e acaba com o carro da Fénix, metáfora de renascimento, isto é, do futuro auspicioso que se deseja, levando-nos a questionar o que ambicionamos para a cidade de Angra.

 

 

 Apesar de não haver quaisquer custos para os figurantes no que à aquisição das indumentárias diz respeito - e mesmo com a concessão de alguns benefícios por parte da autarquia angrense.  Provavelmente, muitas pessoas lerão esta resposta e achá-la-ão injusta dado que gostariam de participar num evento destes, mas não foram convidadas. Lancei imensos convites e recebi mais recusas do que aceitações. Particularmente homens, é extremamente difícil obter o número de voluntários masculinos desejáveis. Creio que, no futuro, o problema tende a agravar-se ainda mais. 

 

 

Acima de tudo, que o sismo constituiu um momento fundamental para que a cidade e a ilha despertassem para a grandiosidade patrimonial e histórica de Angra. 

 

aproveito para desafiar as pessoas a atentarem às várias metáforas existentes, caso dos relógios (o primeiro estagnado na hora do sismo e o segundo reativado e acelerado), do castiçal com quarenta lâmpadas (alusão aos 40 anos da elevação de Angra a Património Mundial), dos reconstrutores da cidade (técnicos, operacionais e “curiosos”), etc.  Remato com esta garantia: será totalmente diferente daquilo que foi apresentado nos últimos anos. 

 

O cortejo será composto por 5 carros alegóricos, sendo eles, respetivamente: o do sismo (transporta o chefe do protocolo); o das portas da cidade (alberga três damas das cidades irmãs); o da fortaleza de São João Baptista (comporta outras três damas de cidades irmãs); o do jardim-museu (albergue da camareira e de duas das damas do concelho); e o da Fénix Renascida (com a presença da rainha das festas e dos seus pajens). 

Quanto a figurantes, totalizam cerca de 60. Alguns dão corpo a figuras marcantes da nossa história (ex. Vasco da Gama, D. Pedro IV, D. Maria II e Teotónio de Bruges).


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