Açoriano Oriental
MotoGP/Portugal
Miguel Oliveira à procura do ‘bis’

Miguel Oliveira (KTM) procura no Grande Prémio do Algarve tornar-se num dos poucos pilotos que venceram uma prova da categoria rainha do Mundial de motociclismo de velocidade em Portugal por mais do que uma vez.

Miguel Oliveira à procura do ‘bis’

Autor: Lusa/AO Online

Em 16 corridas disputadas, houve 10 vencedores diferentes mas apenas dois repetiram, casos do italiano Valentino Rossi, em 2001, 2002, 2003, 2004 e 2007, e do espanhol Jorge Lorenzo, em 2008, 2009 e 2010.

Depois de ter vencido em 2020, na estreia do Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, como palco do campeonato, Miguel Oliveira pode tornar-se no terceiro piloto a conseguir mais do que uma vitória em solo nacional na categoria rainha.

A história do Grande Prémio de Portugal de motociclismo de velocidade começou em 1987 mas, nesse ano, a prova disputou-se no circuito madrileno de Jarama, em Espanha.

Também no ano seguinte esteve prevista uma segunda edição do Grande Prémio de Portugal em território espanhol, no circuito andaluz de Jerez de la Frontera, mas, à última da hora, o Governo português não autorizou o uso da denominação, pelo que a prova passou, oficialmente, a ser designada GP Expo'92, de Sevilha.

A partir de 2000, o Grande Prémio de Portugal regressou ao Mundial, já no circuito do Estoril, onde se manteve até 2012.

A pandemia do novo coronavírus fez a caravana regressar a Portugal, mas para o Algarve, que se tornou no 72.º circuito diferente a receber uma prova do Mundial, sendo o 29.º traçado a acolher a classe rainha do campeonato, que desde 2002 se denomina MotoGP.

A 16.ª edição do Grande Prémio de Portugal foi disputada pelo segundo ano consecutivo no AIA em abril último, com a terceira etapa do Mundial.

Mas, se em 18 de abril se disputou o Grande Prémio de Portugal, entre sexta-feira e domingo realiza-se, pela primeira vez, o Grande Prémio do Algarve, que marca a 17.ª visita do campeonato a terras lusas, um regresso anunciado em julho após o cancelamento da corrida prevista para a Austrália, devido à pandemia de covid-19.

Nas 16 anteriores passagens nacionais pela categoria rainha do motociclismo de velocidade, a Yamaha é a construtora mais bem sucedida, com oito triunfos, destacando-se da Honda, graças à vitória em abril do francês Fabio Quartararo, que chega a Portimão já como campeão do mundo.

O triunfo de Miguel Oliveira em 22 de novembro de 2020, na prova de encerramento da temporada passada, permitiu à KTM intrometer-se neste domínio nipónico.

Entre os pilotos, Rossi foi quem mais celebrou, com cinco triunfos (um em 500cc e quatro em MotoGP), seguido dos espanhóis Jorge Lorenzo (três em MotoGP), Toni Elias (uma em MotoGP e duas em 250cc) e Álvaro Bautista (duas em 250cc e uma em 125cc).

O australiano Casey Stoner venceu duas vezes em Portugal (uma em MotoGP e uma em 250cc), enquanto Miguel Oliveira (KTM) conta com um triunfo, em 2020, tal como Quartararo (Yamaha).

Em 2006, Elias alcançou a vitória com a margem mais curta de sempre, graças aos dois milésimos de segundo de vantagem sobre Rossi, o segundo classificado. Este registo igualou o triunfo do espanhol Alex Crivillé em Brno, na República Checa, em 1996, perante o australiano Mick Doohan.

O historial do Grande Prémio de Portugal foi inaugurado pelo norte-americano Eddie Lawson (1987), com uma Yamaha, que contou ainda com triunfos graças ao sul-africano Garry McCoy (2000), a Rossi (2004 e 2007), Lorenzo (2008, 2009 e 2010) e Quartararo (2021).

Pela Honda, venceram Rossi (2001, 2002 e 2003), o brasileiro Alex Barros (2005), Elias (2006), o espanhol Dani Pedrosa (2011) e Stoner (2012), enquanto Miguel Oliveira deu a única vitória à KTM em solo luso, no ano passado.


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