Autor: Nuno Martins Neves
“Nesse ano estava a fazer de carro 0 e ao chegar a uma das classificativas vejo o piloto em questão muito aflito porque se tinha esquecido do capacete. As regras de segurança ditavam que nenhuma equipa podia entrar numa prova especial de classificação sem o capacete e eu, num gesto de boa fé e companheirismo, fui ter com ele e emprestei o meu”.
O rali do condutor estava salvo, pois sem o capacete o mais certo seria ter de desistir. Mas não só o piloto continuou em prova...como acabaria por vir a vencer o Rali dos Açores!
E como ficou Luís Pimentel? “Por sorte,
estava um motociclista no início da classificativa e pedi-lhe emprestado
o capacete. Como não precisava de comunicar com o meu navegador, deu
para o desenrasco”, lembra. No final, já de regresso ao Parque de
Assistência, um elementos da equipa vencedora veio devolver o capacete a
“Licas”, mas do próprio piloto nem uma palavra.
“Acho que ficava
bem pelo menos um obrigado, pois acabei por lhe salvar a corrida. Fiz
por ser a minha forma de estar no desporto em geral, e no automobilismo
em particular: ajudar o outro quando posso”, explica.