Açoriano Oriental
Jovens qualificados são uma grande esperança para o fim da crise
O primeiro-ministro considerou hoje que os jovens portugueses são uma grande esperança para a transformação da economia portuguesa e que a sua qualificação será crítica para o fim da atual crise e para evitar novas crises.
Jovens qualificados são uma grande esperança para o fim da crise

Autor: Lusa/AO Online

"Todos os portugueses têm sido convocados para este esforço imenso. Eu julgo que os jovens são, em qualquer caso, aqueles que podem dar maior profundidade a esta luta muito grande que estamos a travar para evitar que estas situações se voltem a repetir no futuro. E, realmente, nós temos hoje uma geração de jovens muito mais qualificados do que alguma vez tivemos na nossa história", afirmou Pedro Passos Coelho, numa cerimónia de entrega dos prémios do Instituto Português de Juventude e Desporto a associações juvenis, no Palácio Foz, em Lisboa. A este propósito, o chefe do executivo PSD/CDS-PP lamentou que muitos jovens portugueses tenham de emigrar para se realizarem profissionalmente: "Por isso nos dói tanto que, entre aqueles que hoje são mais desenvolvidos e evoluídos do ponto de vista do conhecimento que adquiriram em termos académicos, muitos deles tenham de escolher outras paragens para poderem aceder ou aos seus estágios ou à sua realização profissional". "Tendo nós esta geração tão qualificada, objetivamente, depositamos nela uma grande esperança para que as transformações no tecido social e económico que precisamos de fazer possam ser mais transformações mais profundas do que aquelas que fizemos no passado. E, portanto, todo o investimento que foi feito em torno das políticas da juventude mais voltadas para as qualificações, para a educação serão críticas para superarmos de forma mais duradoura a crise que estamos a viver", concluiu. "Estamos hoje mais qualificados para poder reinventar o nosso futuro e evitar que novas crises possam vir a ocorrer", reforçou. O primeiro-ministro deixou aos jovens uma mensagem de esperança na superação da atual crise, mas advertiu que o futuro não será cheio de facilidades, pelo contrário. No seu entender, "as gerações mais jovens hoje sabem que para poderem alcançar os mesmos níveis de realização e de prosperidade que os seus pais e avós se terão de esforçar-se muito mais". "Isso hoje é inequívoco. Desse ponto de vista, não houve um bom balanceamento, um bom equilíbrio entre aquilo que foram os meios usados no passado para a realização e para o progresso social e aqueles que nós deixamos para os mais jovens no futuro. Por causa da nossa demografia, que tem vindo a decair, dados os elevados compromissos que do passado transitam para os mais jovens e para futuro, nós sabemos que os próximos anos exigirão dos jovens e dos cidadãos nos próximos 20 anos mais que a sociedade exigiu nos últimos 20", sustentou. Segundo Passos Coelho, é natural que os mais jovens "sintam uma angústia maior" perante as atuais circunstâncias do país do que quem tem memória de crises passadas. "Eu lembro-me bem de termos passado por tempos parecidos, não exatamente iguais, mas muito parecidos, 1983 e 1985, e ainda me lembro bem de termos passado ainda por problemas bastante delicados, parecidos com estes últimos em 1977, 1978. De resto, ainda me lembro bem de ter chegado de Angola há não muito tempo e de ser preciso de acordar bem cedo para ir para a fila arranjar leite para poder consumir em nossa casa - havia racionamento de alguns produtos essenciais", referiu.

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