“O Governo Regional dos Açores não recebeu qualquer comunicação a dar conhecimento da decisão da Ryanair de cessar a sua operação na Região Autónoma dos Açores a partir de 29 de março de 2026”, refere o executivo, vincando que a “informação existente é pública”.
No mesmo documento, o Governo detalha que a saída da companhia aérea irlandesa de baixo custo vai significar a retirada de 190 mil lugares a partir de Lisboa, Porto, Stansted (Londres) e Charleroi (Bruxelas), com destino às ilhas de São Miguel e Terceira, salientando que continua a acompanhar “permanentemente a evolução do mercado da aviação comercial”, ao mesmo tempo que “tem vindo a implementar um conjunto de medidas destinadas a mitigar riscos associados à dependência de um número limitado de operadores, assegurando simultaneamente a continuidade territorial, a estabilidade da oferta e a proteção dos interesses dos residentes e visitantes”.
A este propósito, o Governo lembra que em 2023, quando a Ryanair reduziu em 63% a sua operação na Região, por via do encerramento da base em Ponta Delgada, “os restantes operadores aéreos a atuar na Região ajustaram oportunamente a sua oferta, de modo a assegurar a resposta à procura pelo destino Açores, contribuindo para mitigar riscos de dependência excessiva e garantir a continuidade da acessibilidade aérea para residentes e visitantes”.
O Chega indagou o
Governo sobre a eventual existência de um plano estratégico de
conectividade aérea low cost para 2026–2030, respondendo o executivo que
não interfere “na lógica empresarial de exploração de rotas aéreas”,
uma competência da Visit Azores, “em estreita articulação com os agentes
dos setores público e privado”, realça a resposta governamental.
