Açoriano Oriental
José Luís Carneiro aponta descentralização e eleições nos Açores como prioridades do PS

O secretário-geral adjunto do PS afirmou que os socialistas terão como prioridades imediatas a agenda de descentralização, com o "reforço da legitimidade democrática" das comissões de coordenação, e a vitória nas eleições regionais dos Açores.

José Luís Carneiro aponta descentralização e eleições nos Açores como prioridades do PS

Autor: Lusa/AO Online

José Luís Carneiro falava de improviso no encerramento da Conferência Nacional do PS, no auditório do Convento de São Francisco, em Coimbra, numa intervenção em que também se referiu aos congressos federativos do seu partido previstos para os próximos dias 12 e 13 de setembro.

O "número dois" da direção dos socialistas considerou então que o "esforço de cooperação entre todas as estruturas [partidárias] é essencial para que se reforce a estratégia de serviço ao país e às comunidades locais".

José Luís Carneiro espera que os congressos federativos do PS "transmitam à sociedade portuguesa o um elevado sentido de responsabilidade", sendo "um exemplo em termos de comportamentos e atitudes".

"Até ao fim do ano, temos dois grandes desafios pela frente", o primeiro dos quais "as eleições regionais nos Açores, onde o PS tem provas inequívocas, historicamente constituídas, sobre a boa compatibilidade entre a competitividade da economia e a coesão económica e social".

"Temos confiança na escolha do povo dos Açores. E, estamos certos, que Vasco Cordeiro, pelo trabalho feito ao serviço dos açorianos, na senda de Carlos César, reforçará a confiança que ao PS tem sido conferida. Teremos, ainda, a eleição dos presidentes e de um dos vice-presidentes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR)", disse depois, referindo-se ao segundo desafio do seu partido.

Neste ponto referente à descentralização, José Luís Carneiro acentuou que os socialistas estão empenhados no "reforço da legitimidade democrática das CCDR, dando "mais um passo em frente".

"Mantendo-se o PS a favor da regionalização, mas não ignorando as alterações constitucionais de 1997 e os resultados do referendo de 1998, lideraremos, mais uma vez, o movimento de reforço dos poderes dos municípios e das freguesias que, agora, irão participar na escolha dos mais altos dirigentes das estruturas de poder regional. O PS foi, é e será, sempre, o partido da descentralização e do reforço do poder dos cidadãos", sustentou.

Em relação aos próximos meses, do ponto de vista político, o secretário-geral adjunto do PS procurou prevenir os dirigentes socialistas em relação à atuação de outras forças políticas.

"Pelo caminho, haverá quem, não apresentando soluções ou contributos, estarão sempre prontos para apontar falhas e para apontar alegados culpados", afirmou.

Em contraponto, José Luís Carneiro elogiou a liderança "serena, lúcida, competente e confiante do primeiro-ministro", sobretudo na resposta à covid-19.

Numa espécie de breve balanço da atividade do PS desde as eleições legislativas de outubro do ano passado, José Luís Carneiro destacou o lançamento do "Fórum Mário Soares", tendo como elemento essencial a digitalização do seu acervo histórico, e a criação do "Centro da Esquerda", que pretende ser "um espaço aberto ao debate e à reflexão, descomprometido da agenda política e mediática".


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