A IL/Açores mostrou solidariedade para com os motoristas de transportes coletivos e pesados de São Miguel e Santa Maria, que lutam por melhores condições laborais e salariais e criticou o Governo Regional, por estar a demorar a lançar os concursos públicos de concessão do transporte coletivo de passageiros.

O deputado da IL na Assembleia Regional, Nuno Barata, falava após reunião com dirigentes do Sindicato dos Profissionais dos Transportes, Turismo e Outros Serviços de São Miguel e Santa Maria (SPTTOSSMSM), onde afirmou que há um atraso no lançamento deste concurso “desde 2016”, situação que diz estar a “criar dificuldades às empresas que não conseguem acompanhar as reivindicações dos trabalhadores”.

Citado em nota de imprensa, Nuno Barata, defende “o estabelecimento de medidas de apoio às empresas, que obviem às suas dificuldades e possam proporcionar que as mesmas melhorem as condições salariais e de trabalho dos seus motoristas. Pode ser, por exemplo, um apoio para fazer face aos custos com combustíveis, libertando capacidade às empresas para aumentarem os motoristas”, sustentou, alertando que é “fundamental e urgente” que os concursos públicos sejam lançados”.

O deputado da IL/A realçou ainda que “as empresas não podem acudir às reivindicações dos seus trabalhadores se não tiverem a garantia de quanto tempo vão ter as concessões do transporte de passageiros”.

Por esta razão, Nuno Barata, no final da reunião, assinalou que a IL “exige profissionalismo e exige, principalmente, que o Governo Regional olhe para a ilha de São Miguel, da mesma forma e com o mesmo empenho, com que tem olhado para esta situação em outras ilhas dos Açores. É fundamental e urgente para a mobilidade dos micaelenses e para a sustentabilidade ambiental”, sublinhou.

Para Nuno Barata  “a responsabilidade não é das empresas, nem do sindicato dos motoristas”, mas sim “exclusivamente do Governo Regional que tem sido incapaz de lançar este concurso público que permitirá dar estabilidade ao setor e permitirá às empresas acompanhar as reivindicações dos seus trabalhadores”, finalizou.