Hélder Rodrigues foi o segundo mais rápido na 13ª e última etapa, entre Córdoba e Buenos Aires, atrás do belga Frans Verhoeven (BMW), enquanto o espanhol Carlos Sainz (Volkswagen) ganhou a tirada nos automóveis, mas não fugiu ao terceiro lugar da geral.
De acordo com o site oficial da prova, o “motard” português gastou mais cinco segundos para percorrer os 181 quilómetros cronometrados do que Verhoeven, que se impôs com o tempo de 1:25.07 horas.
Depois ter terminado no quarto lugar no ano passado, repetindo a proeza de Carlos Sousa em 2003, nos automóveis, Hélder Rodrigues tornou-se o melhor português de sempre no Dakar e o primeiro a terminar no pódio.
"Hoje mantive a mesma atitude dos últimos dias e consegui ser muito rápido. Subir ao pódio foi desde a primeira hora o meu grande objetivo e acabo por consegui-lo por mérito próprio, pois o Dakar é um teste a todos os níveis", observou.
Em dia de consagração, pouco propício a mudanças na classificação, o português beneficiou dos problemas mecânicos sentidos pelo chileno Lopez Contardo (Aprilia), que terminou na 90ª posição, a 1:12.34 horas do vencedor, e perdeu sobre a meta o terceiro lugar da geral.
“O Lopez Contardo teve problemas e a mecânica da sua moto não resistiu e assim trocámos de posição. Como tinha afirmado antes, o Dakar só acaba mesmo na última etapa e até lá tudo pode acontecer”, advertiu o português.
Hélder Rodrigues concluiu a prova a 1:40.20 horas do espanhol Marc Coma (KTM), que deixou a 15.04 minutos o francês Cyril Despres (KTM), vencedor em 2010, e conquistou a competição rainha de todo-o-terreno pela terceira vez, depois dos êxitos em 2006 e 2009.
“(Esta vitória) foi conseguida com muito trabalho e sacrifício. Estou muito feliz. Foram muitos dias de competição, muita tensão acumulada e agora é altura de desfrutar”, exultou Marc Coma.
Numa edição produtiva para os pilotos portugueses, Rui Faria (KTM) terminou no “top ten” entre as motos, precisamente no oitavo posto, a 4:13.01 horas de Coma, depois de hoje ter sido o 16º mais veloz, a 8.34 minutos de Verhoeven.
Dos restantes portugueses que conseguiram terminar a aventura do Dakar, Pedro Oliveira (Yamaha) foi o melhor colocado, no 23º lugar final, Bianchi Prata (BMW) foi 30º, Rui Oliveira foi 52.º, imediatamente à frente de Fausto Mota, ambos em Yamaha.
Nos automóveis, o príncipe do Qatar Nasser Al-Attiyah (Volkswagen) venceu pela primeira vez à sétima participação na prova, capitalizando os problemas de Sainz na 11ª etapa, com a suspensão dianteira do Volkswagen.
O espanhol, vencedor no ano passado, ganhou a última tirada com o tempo de 1:16.08 minutos, mas resignou-se ao terceiro posto, atrás de Al-Attiyah e do sul-africano Giniel de Villiers (Volkswagen).
Ricardo Leal dos Santos, ao volante de um BMW, conseguiu o objectivo de terminar entre os 10 primeiros, festejando em Buenos Aires o sétimo lugar final, depois de hoje ter obtido o 11º tempo, a 11.08 minutos do vencedor.
