Autor: Lusa /AO Online
A equipa de Barcelos conseguiu cavar uma vantagem de dois golos, com os tentos de Roko Baturina, aos 21 minutos, e Maxime Dominguez, já aos 58, de grande penalidade, mas os 'arsenalistas', mesmo com a expulsão de Niakaté, no lance da grande penalidade, reagiram com golos de Simon Banza (71) e André Horta (78 e 82), a que os locais contrapuseram com o tento final de Roan Wilson (89).
Com este empate, num jogo muito dificultado pelo mau tempo, o Gil Vicente, que vinha de uma derrota (4-2) em Chaves na ronda anterior, segue agora, à condição, no 10.º lugar do campeonato, com 10 pontos.
Já o Sporting de Braga, que vinha de três vitórias consecutivas na I Liga, e de uma derrota (2-1) na Liga do Campeões, frente ao Real Madrid, cai para a quinta posição, com 17 pontos.
Nesta partida, cedo se percebeu que a forte chuva que se fez sentir em Barcelos ia condicionar a qualidade de jogo, com o Braga tentar antecipar a degradação do relvado e a entrar mais audaz, deixando as primeiras ameaças por Ricardo Horta e Álvaro.
Não se intimidaram os locais, que, aos 21 minutos, numa jogada de insistência, forçaram uma má abordagem do central dos bracarenses Serdar, que perdeu a bola para Roko Baturina, com o ponta lança croata a isolar-se e a mostrar frieza no golo inaugural.
O tento sofrido destabilizou os 'arsenalistas', que ainda antes dos 30 minutos voltaram a ter novo calafrio, num cruzamento de Félix Correia, que Baturina, em cima da linha de golo, não conseguiu desviar, valendo a redenção de Serdar, ao afastar oportunamente a bola.
Além dos sustos, o Sporting de Braga sentia dificuldades em lidar com um relvado de contornos pantanosos, que travava as saídas ofensivas e só aos 40 minutos desenhou a oportunidade mais perigosa no primeiro tempo, com Ricardo Horta e Simon Banza, na mesma jogada, a falharem o alvo.
No reatamento, o técnico do Sporting de Braga lançou André Horta para o lugar do inoperante Zalazar, numa mexida que deu mais mobilidade à equipa, espelhada, cedo, num contra-ataque finalizado por Abel Ruiz, que, com a baliza à mercê, atirou por cima.
No entanto, tal como no primeiro tempo, os contra-ataques do Gil Vicente eram letais e, ainda antes hora de jogo, os 'galos' capitalizaram novo erro da defesa contrária, desta feita com Niakaté e travar Baturina, na área, quando o croata seguia isolado, numa falta para grande penalidade e que valeu a expulsão do defesa francês do Braga, que Maxime Dominguez converteu no 2-0.
Curiosamente, só quando ficou reduzido a dez unidades o Sporting de Braga apareceu com todo o fulgor no jogo, empurrando o rival para o seu meio-campo e mostrando um futebol mais envolvente.
Não surpreendeu, por isso, que, aos 71 minutos, Simon Banza, aproveitando um ressalto na área gilista, esboçasse um desvio oportuno para o 2-1, relançando o jogo.
Pouco depois, começou o 'espetáculo' de André Horta, a justificar a aposta ao operar a reviravolta no espaço de quatro minutos, primeiro num livre rasteiro (78) e depois num remate traiçoeiro (82), em lances em que o guarda-redes gilista Vinícuis Dias podia ter feito bem melhor.
Apesar de abalados emocionalmente pela resposta do adversário, os comandados de Vítor Campelos não 'atiraram a toalha ao chão' e, aproveitando um Sporting de Braga moldado com homens de características ofensivas, foram criando desequilíbrios, até resgatarem o empate, aos 89 minutos, pelo recém entrado Roan Wilson, num jogada de insistência que fixou um justo 3-3 final.