"Infelizmente é mais uma realidade tornada pública, de facto os jogadores estão a viver momentos dramáticos, têm revelado uma grande compreensão para com o clube mas a verdade é que estão a chegar ao final da época e não se perspetiva nenhuma solução", disse o sindicalista, em declarações à Lusa.
Joaquim Evangelista confirmou ter recebido telefonemas de vários jogadores, que só agora "decidiram denunciar a situação", e admitiu deslocar-se aos Açores para reunir com o plantel, apesar de acreditar numa solução pacífica sem que seja necessário recorrer a um cenário de greve.
"Acho que ainda há possibilidade de encontrar uma solução consensual, já transmiti aos jogadores que o SJPF está disponível para ajudar os casos mais dramáticos imediatamente e também vou transmitir ao presidente da Liga para que ele possa diligenciar junto do clube as melhores soluções", afirmou.
Na base deste atraso no cumprimento de salários poderá estar a falta de financiamento regional, tendo em conta que o contrato-programa para 2012/2013, no valor de 1,6 milhões de euros, ainda não foi assinado com o Governo Regional dos Açores, estando em fase de remessa de documentação, de acordo com informação avançada pelo executivo açoriano.
Independentemente dos motivos, Evangelista considera que a situação deverá ser resolvida o mais rápido possível.
"É preciso que a direção, por um lado, os patrocinadores e eventuais apoios que estão pendentes sejam regularizados e que evitem um drama maior", admitiu.
O plantel do Santa Clara está em Penafiel a preparar o jogo de quarta-feira, com o Sporting de Braga B, da 40.ª jornada da II Liga.
A agência Lusa tentou entrar em contacto com o presidente do Santa Clara, Mário Batista, sem sucesso, até ao momento.
