Autor: Lusa/AO Online
"A gestão do canal deverá implicar um investimento de 2,5 a 3 milhões de euros por ano", afirmou o responsável à saída de uma reunião de quadros do grupo que visou "fazer um balanço" do primeiro ano de propriedade da empresa pela Ongoing e "explicar que estamos muito focados no novo canal".
Um investimento que o responsável sublinhou ser "apenas um valor de referência", até porque ainda está a ser discutido o modelo de negócio do Economico TV.
"O canal não vai ser 'premium' [canal pago] e, portanto, as receitas deverão ter origem num misto entre subscrições [do serviço] e publicidade, mas isso ainda está a ser discutido com os operadores" Zon (TV Cabo) e PT (Meo), avançou.
Embora mantenha o plano de estrear o canal "até final deste ano", António Costa escusou-se a apontar uma data mais específica porque "ainda faltam várias coisas".
Por um lado, disse, "há um acordo de princípio com os operadores" PT e ZON para inclusão do canal nos seus pacotes, "mas que ainda não está assinado", faltando resolver matérias como o modelo de negócio ou o número do canal em que o Economico TV aparecerá.
Por outro lado, "falta contratar uma equipa de 15 a 20 jornalistas com experiência de televisão que irá constituir a redacção própria do canal" e "dar formação a cerca de 30 redactores que já trabalham no jornal e que vão passar a colaborar com a televisão".
Além disso, "estamos também dependentes de estarem prontas as novas instalações - que já incluirão os estúdios e se situam em Alcântara - e os grafismos".
"Queríamos mudar-nos em Agosto e começar a trabalhar em Setembro", admitiu.
O novo canal, que será dirigido por Raul Vaz, vai apostar nos períodos da manhã e da noite e numa emissão que deverá ficar "a meio caminho" entre o canal Blommberg e a SIC Notícias.
Embora não avance ainda com valores de audiência pretendidos, António Costa lembra que a ideia não é ultrapassar as audiências da SIC Notícias.
"O Diário Económico também não vende o mesmo que o Público, mas é mais rentável", referiu, acrescentando que o objectivo é "ganhar influência, valor e marcar a agenda política do país"