Açoriano Oriental
Detidos 15 dos 20 suspeitos de rede que operava na Europa
Uma operação contra 20 alegados terroristas conduziu terça-feira à detenção de 15 suspeitos em Portugal, França, Itália e Reino Unido, segundo as várias autoridades envolvidas.

Autor: Lusa/AO
A Eurojust, organismo de cooperação judiciária da União Europeia, afirma que a rede pan-europeia, com "uma ligação clara à Al-Qaida", teria "programado ataques terroristas em Itália, no Afeganistão, no Iraque e nos países árabes".

    O detido em Portugal, de nacionalidade argelina, foi já ouvido no Tribunal da Relação do Porto por suspeita de ligações terroristas, imigração ilegal e contrabando, devendo ser transferido para a cadeia de alta segurança de Monsanto, em Lisboa, disse terça-feira à Lusa fonte do processo.

    O suspeito, que se encontrava há três anos em Portugal, é alvo de um mandado de detenção emitido pelas autoridades italianas com vista à sua extradição, segundo a Polícia Judiciária.

    A edição "on-line" do Expresso noticia hoje, citando uma fonte policial não identificada, que o argelino não se opõe à extradição, pelo que deverá brevemente ser enviado para Itália.

    Ainda de acordo com o semanário, buscas efectuadas em sua casa e no computador nada revelaram.

    O homem terá ligações à organização islamista Al-Qaida do Magrebe.

    As autoridades policiais italianas, francesas e britânicas confirmaram terça-feira a detenção de 14 suspeitos, a maioria de nacionalidade tunisina.

    De acordo com o ministro do Interior italiano, Giuliano Amato, a operação permitiu "decapitar uma rede que operava na Europa, sobretudo em Itália".

    Segundo a agência noticiosa italiana Ansa, a operação, coordenada pelas autoridades italianas, resultou de uma investigação, em 2004, na Ligúria relacionada com o desmantelamento, em 2002, de uma célula islamista radical instalada na Itália com ramificações em França.

    Além de terrorismo internacional, os 20 suspeitos são acusados de falsificação de documentos de identidade e encorajamento à imigração clandestina e à fuga de pessoas com presumíveis ligações terroristas.
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