Autor: Susete Rodrigues/AO Online
A Polícia Judiciária, através do
Departamento de Investigação Criminal dos Açores, com o apoio da
Unidade de Perícia Tecnológica e Informática, desencadeou a
operação “Economato privado”, no âmbito de inquérito tutelado
pelo DIAP da Comarca dos Açores, pela existência de fortes indícios
da prática dos crimes de peculato, falsificação de documentos,
recebimento indevido de vantagem, entre outros, em que são
intervenientes um funcionário de uma Câmara Municipal e diversos
empresários, da ilha de São Miguel.
O comunicado da Polícia Judiciária, refere que durante a operação, que decorreu quarta-feira, dia 29 de setembro, foram “realizadas 28 buscas em residências, empresas, viaturas, num terreno rústico e no local de trabalho do funcionário municipal, que permitiram a apreensão de abundantes meios de prova, com destaque para documentação contabilística, prova digital, na forma de dados informáticos e de correio eletrónico e, sobretudo, parte do produto e vantagens dos crimes, nomeadamente: artigos de informática, eletrodomésticos, mobiliário, máquinas de jardinagem, para além de infraestruturas construídas com materiais ilicitamente obtidos”.
Além de vários arguidos constituídos, foi detido, fora de flagrante delito, um homem de 57 anos, com antecedentes criminais por crimes da mesma natureza.
O detido agiu “concertadamente com responsáveis de empresas fornecedoras de bens e serviços à Câmara Municipal, com o objetivo de se apropriar de artigos e de materiais, posteriormente pagos pela edilidade”.
Esta atividade - desenvolvida, pelo menos, nos últimos dois anos - foi dissimulada através de esquemas de sobrefaturação e adulteração de diversa documentação, diz a nota da PJ.
O detido será presente a primeiro interrogatório judicial, para aplicação das medidas coativas tidas por adequadas.
As investigações prosseguem.